Após reunião a portas fechadas com representantes dos professores e o secretário Municipal de Educação, Danilo de Melo, durante a tarde desta quarta-feira, 01, e em meio a manifestações contrárias de profissionais da rede pública de ensino de Palmas, a Câmara Municipal aprovou, em sessão extra, o Projeto de Lei nº 23/2015 da Prefeitura de Palmas, que dispõe da criação do Programa Educacional Salas Integradas, que prevê dentre outros pontos a criação de vagas de monitores para os Centros Municipais de Educação Integrada (Cmei’s).
Votaram contra os vereadores Joaquim Maia, Lúcio Campelo e Júnior Geo, que juntamente com os educadores que manifestaram na plenária, argumentaram que a medida visa demitir professores P1, contratados pela rede pública municipal, que atualmente recebem cerca de R$ 1,9 mil, para contratação de monitores com salários em torno de R$ 1 mil.
Os vereadores que votaram à favor declararam que a gestão da Capital está visando o aprimoramento dos serviços oferecidos nos Cmeis e apresentou o PL com a finalidade de contratar profissionais de forma que não extrapole o limite prudencial de Palmas.
O vereador José do Lago Folha defendeu o PL e disse que o projeto não se resume apenas à contratação de monitores. “A polêmica em cima desse projeto se deu porque muitos não entenderam o que a prefeitura está fazendo e os benefícios que ele vai trazer. O projeto vai ampliar o tempo, espaços e oportunidades educativas”.
Já o vereador Júnior Geo disse em seu discurso que esse projeto vai desvalorizar os profissionais da educação do município. “Esse PL gera a desvalorização dos nossos educadores, que serão submetidos aos mesmos trabalhos, mas com metade do salário. Esse projeto é a substituição dos professores P1, por monitores”.
A Câmara de Vereadores de Palmas havia decretado recesso na sessão ordinária desta terça-feira, 30/06, porém foi convocada sessão extraordinária na tarde desta quarta-feira, 01, para votação de dois Projetos de Lei encaminhadas pelo Executivo.
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