Em resposta a Derval, Kátia diz que PMDB de Marcelo Miranda é vingativo e ingrato

A senadora reagiu às críticas feitas a ela na convenção que reelegeu à presidência do PMDB Derval de Paiva. Kátia relembrou o apoio que deu para que Miranda pudesse ter legenda para ser candidato

Senadora Kátia Abreu
Descrição: Senadora Kátia Abreu Crédito: Foto: Divulgação

A senadora Kátia Abreu (PMDB) respondeu em nota ao T1 Notícias neste sábado, 13, as críticas proferidas contra ela na Convenção do PMDB, ocorrida ontem, 12, na Assembleia Legislativa, em Palmas, ocasião em que foi duramente atacada pelo presidente do partido reeleito, Derval de Paiva.

 

"O PMDB de Marcelo Miranda vinga os apoios que recebe. Agora eu que devo a eles? Há pouco tempo eu tinha salvado sua candidatura na voz desses que hoje desdenham e me agridem publicamente. O ataque sempre foi estratégia dos fracos, covardes e incompetentes. A ingratidão é companheira da solidão. O tempo dirá. Esse não é o PMDB de Ulysses Guimarães e de tantos que honraram este partido", disse Kátia.

 

Ao lado de Marcelo Miranda, Kátia Abreu enfrentou uma disputa com o então presidente do partido, Júnior Coimbra, que desejava candidatura própria ou composição com outros grupos. À época, a influência da senadora em nível nacional garantiu uma intervenção no partido para que o PMDB apoiasse seu nome para o Senado e o de Miranda para o governo estadual.

 

Os diversos atritos entre a senadora e o grupo do governador começaram com os questionamentos das 51 comissões provisórias que Kátia Abreu havia indicado no interior do Tocantins e o ato do então presidente Derval de Paiva que tornaram nulas essas comissões em julho de 2015.

 

A substituição da comissão interventora do partido no Tocantins, que era presidida pela senadora Kátia Abreu, por uma nova comissão provisória, cujo nome de consenso foi o do presidente Derval de Paiva, foi feita mediante um acordo entre os grupos de Kátia e Marcelo Miranda. O entendimento só foi possível após garantia, com o aval do então vice-presidente Michel Temer, que cada grupo respeitaria o espaço ocupado pelo outro na formação das comissões provisórias. Na prática, o ato de Derval de Paiva quebrou o entendimento que permitiu consenso entre os grupos da senadora e do governador dentro do PMDB.

 

A partir do segundo semestre do ano passado, a senadora endureceu as críticas ao governo que apoiou, o que provocou mal estar dentro do PMDB e várias investidas do então presidente Derval de Paiva contra ela. Durante sua recondução à presidência do partido no evento de ontem na AL, Derval comentou o desgaste interno que a sigla sofre com o afastamento da senadora e mandou um recado para Kátia: “vem aquela desvairada e rompe com o partido. Deseducada é ela! Incapaz de compreender o partido. Nos criou uma enorme dificuldade. No dia da posse do governador vem com aquela atitude. E de lá pra cá é só ataques e ofensas. Que essa moça crie juízo, responsabilidade e saiba respeitar uma comunidade. Mas, graças a ela também agora o partido está saneado, limpinho”.

 

 

Relembre o caso

Josi Nunes questiona atos de Kátia Abreu e disputará presidência

Reunião do PMDB do TO decide procurar senadora para compor comissão provisória

Com discurso de unificação Executiva do PMDB no Tocantins é eleita

 

Comentários (0)