Entre candidatos do MDB à presidência do Senado, Gomes tem a preferência de Bolsonaro

A decisão do MDB foi por candidatura própria para as eleições, justificando defesa da proporcionalidade. Quatro nomes são cotados, o senador Eduardo Gomes (MDB-TO) é um deles

Senador Eduardo Gomes (MDB-TO), líder do governo no Congresso.
Descrição: Senador Eduardo Gomes (MDB-TO), líder do governo no Congresso. Crédito: Waldemir Barreto/Agência Senado

Quatro nomes são cogitados internamente para a candidatura própria do MDB para as eleições da Presidência do Senado, que, em fevereiro de 2021, escolherá o sucessor do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), também presidente do Congresso Nacional. Entre os nomes estão o líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes (TO); o líder da bancada, Eduardo Braga (AM); o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (PE) e a presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Simone Tebet (MS).

 

O combinado com a sigla é que cada um converse com lideranças de outros partidos, a fim de adquirir votos. Desta forma, quem conseguir atrair 41 dos 81 senadores até janeiro, será o candidato do MDB para a eleição que ocorrerá em fevereiro.

 

O MDB é o partido dono da maior bancada no Senado, com 13 parlamentares. Tradicionalmente, o maior partido costuma eleger o presidente do Senado e tem a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Entretanto, no ano passado, devido a divisão interna da legenda, houveram diversas candidaturas.

 

A diversidade abriu caminho para a eleição do candidato do governo recém-eleito, Davi Alcolumbre, que teve como principal cabo eleitoral o ex-ministro da Casa Civil e ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni.

 

O senador Renan Calheiros, um dos chefes do partido, abriu mão da candidatura.

 

Segundo Simone Tebet, a sigla se mobilizou após a sinalização do presidente do Senado e do governo defenderem uma candidatura de um parlamentar de uma legenda que não tem a maioria na Casa. Em razão disto, vai defender o princípio da proporcionalidade, pois, conforme a decisão, o Senado precisa manter a independência em relação aos demais Poderes.

 

Na avaliação da parlamentar, "o Senado não pode ser um apêndice do governo federal. E essa percepção fez com que alguns líderes passassem a rever o posicionamento se o Senado começar a ser uma Casa facilmente manipulada e controlada pelo Executivo", afirmou Simone.

 

Simone Tebet defendeu que a união deverá ser em torno de um nome que preserve a independência da Casa. "O que não podemos é incorrer no erro do passado. Agora, é falar com os companheiros e conversar sobre quem tem mais simpatia entre os senadores. Ficou muito claro que não podemos lançar um candidato sem ouvir as lideranças das demais bancadas. O partido vai lançar um candidato próprio e marchar unido", afirmou, acrescentando que quem não conseguir os votos vai apoiar o candidato da legenda que conseguir e que terá os 13 votos do partido.

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