Estado interdita e depois libera Hospital de Formoso; prefeito aponta perseguição

O prefeito de Formoso publicou três vídeos nas redes sociais falando sobre a interdição do hospital e apontando suposta perseguição política; unidade hospitalar foi liberada nesta quarta

Hospital foi fechado ontem e desinterditado nesta quarta
Descrição: Hospital foi fechado ontem e desinterditado nesta quarta Crédito: Divulgação

O prefeito de Formoso do Araguaia, Wagner da Gráfica, recorreu às redes sociais ontem, 19, para divulgar que estaria sendo alvo de suposta perseguição política por parte do governo interino de Mauro Carlesse (PSH), candidato no segundo turno da eleição suplementar, que acontece neste próximo domingo, 24. “A velha política da perseguição está de volta em nosso Estado, principalmente na nossa cidade de Formoso. Hoje nos deparamos com uma equipe do Estado, fiscalização do Estado, a mando das autoridades, para interditar o nosso hospital municipal”, contou Wagner. O hospital foi parcialmente fechado ontem e desinterditado pela Vigilância Sanitária nesta quarta-feira, 20, pela manhã.

 

Conforme informado pela Secretaria de Estado da Saúde ao T1 Notícias, não houve interdição total do Hospital Municipal de Formoso do Araguaia, apenas parcial. "Como órgão responsável pela fiscalização de serviços e produtos para consumo da população, a Vigilância Sanitária, em cumprimento à legislação vigente, e em conformidade com o auto de infração n. 031/2018, configurando risco sanitário iminente à saúde dos usuários, procedeu com a interdição PARCIAL nos setores críticos do Hospital Municipal Hermínio Azevedo Soares", informou o governo em nota. Ainda segundo o Estado, a ação realizada ontem na unidade hospitalar do município "foi uma fiscalização de rotina onde se constataram infrações sanitárias em alguns setores do hospital, como lavanderia, cozinha, laboratório de analises clínicas e o pronto socorro".

 

Nos vídeos publicados nas redes sociais o prefeito de Formoso afirmou que o Estado fechou o único hospital do município sem aviso prévio e que o fato ocorreu por ele não apoiar a candidatura de Carlesse na eleição suplementar. “Enquanto estamos vendo no Estado, o Tocantins, o atual governador estadualizando hospitais em Colinas e em Tocantinópolis, em Formoso do Araguaína é mandando fechar, interditar. Quero aqui passar para toda comunidade formosense e perguntar o porquê de tudo isso aí. Seria por que não o apoiamos nesta eleição?”. Wagner também comenta sobre a retirada, por parte do Governo do Estado, de máquinas que estavam trabalhando no município. “Começou com as máquinas que estavam na Lagoa da Onça”, alegou.

 

Em um segundo vídeo, ainda acompanhado por um médico do hospital, identificado como "Doutor Antônio", Wagner mostra os avisos de interdição colados nas portas da unidade e pergunta ao servidor os motivos que levaram o fechamento do hospital. Já no terceiro vídeo, o prefeito afirma que não está faltando com respeito às autoridades, mas fala sobre o caso em atenção à população da cidade. A sala de emergência do hospital continuou em funcionamento mesmo com a interdição. “Essa sala aqui não vai fechar, o resto pode fechar. A sala de urgência e emergência, de suporte à vida, não vamos permitir”, disse o prefeito.

 

O médico, por meio de áudio, diz que o hospital foi interditado pela Justiça e pela Vigilância Sanitária. “Tudo lacrado, proibido de atender, qualquer tipo de atendimento, mas se chegar alguém aí passando muito mal, tenho que atender, nem que seja lá na rua”.

 

45 dias para cumprir exigências

 

A Secretaria de Estado da Saúde informou ao T1 que a Prefeitura de Formoso vêm sendo notificada desde 2016 para corrigir irregularidades na unidade hospitalar e que até o presente momento não atendeu às exigências da Vigilância Sanitária. "A SES informa ainda que, no final da tarde de ontem, a secretaria municipal de Saúde de Formoso do Araguaia protocolou na VISA estadual Oficio solicitando prazo de 45 dias para cumprimento das exigências apontadas na infração".

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