Gaguim diz que Amastha não o atrapalha em 2018, mas que votará PEC “pelo Brasil”

Carlos Gaguim nega ser o autor oculto da PEC que pode impedir brasileiros naturalizados de disputar governo, Senado, vice governadora e ocupar Ministério das Relações Internacionais...

Gaguim nega ser o autor da PEC, mas confirma que vota a favor
Descrição: Gaguim nega ser o autor da PEC, mas confirma que vota a favor Crédito: Foto: Divulgação

O deputado federal Carlos Gaguim(PTN), retornou ligação ao Portal T1 Notícias no final da tarde desta quinta-feira 23, para afirmar que a chamada PEC Amastha não é de sua autoria mas tem o seu apoio e terá seu voto. “Veja bem, ele não me atrapalha em nada, em nada. Eu não sou candidato a governador nem a senador no ano que vem. Sou candidato a deputado federal e estou com minha reeleição organizada com os prefeitos que me apoiam. Essa não é a PEC Amastha, é a PEC Brasil, em defesa dos brasileiros”, disse ele.

 

Segundo o deputado, antes da Constituição de 1988 havia uma lei que impedia estrangeiros naturalizados de serem candidatos inclusive a prefeito. “A Constituição não permitiu expressamente, ela só diz que fica vedado para os cargos de presidente e vice”, argumenta. Questionado sobre o caráter discriminatório e preconceituoso da proposta ele afirmou: “É a garantia da prerrogativa desses cargos para brasileiros natos, temos que defender nossa nacionalidade. Como que a gente vai ter um Ministro das Relações Internacionais por exemplo, estrangeiro?”questiona.

 

Indagado sobre a extensão da PEC, já que impediria brasileiros como Rodrigo Maia, que nasceu no Chile, de disputar, ele contestou a informação. "Ele é brasileiro nato, confirmado pela embaixada. É nato e naturalizado", sustenta.

 

O deputado não esconde sua animosidade contra o prefeito da Capital, Carlos Amastha. “Não é questão de antipatia minha, pessoal não, hoje ele é persona não grata não só dos políticos que ele critica não, mas de muita gente, de juiz a promotor, a conselheiro de tribunal. Simplesmente porque ele não respeita as leis brasileiras, ele não respeita a justiça. Quantas ordens judiciais ele já descumpriu?” provoca.

 

Carlos Gaguim sustenta que a proposta será aprovada com mais do que os votos necessários. “Todo mundo vota. Anota aí e você vai ver”, adiantou. Questionado do motivo pelo qual nenhum colega seu de bancada assinou a proposta ele reagiu: “Não assinou por que não quis nesse momento, mas a gente não precisava de mais assinatura não, tinha assinatura de sobra”.

 

Ação por improbidade contra Amastha

 

O deputado afirmou que através do PTN ele está movendo uma ação de improbidade contra o prefeito Carlos Amastha pela criação de mais de 300 cargos. “Nós estamos monitorando ele. Esse cidadão não pode fazer o que está fazendo com a nossa cidade. Eu posso até ficar sem mandato, mas isso eu devo à Palmas, que ele transformou hoje na capital mais cara do Brasil”, argumenta.

 

Segundo Carlos Gaguim o prefeito da capital está usando cargos, carros, e recursos da prefeitura para fazer política no interior. “Tem o Júnior Coimbra recebendo prefeitos, visitando municípios em carro da prefeitura. Tem tudo isso aí. Tá tudo monitorado, registrado, ele vai ter que responder por isso. Não vai precisar de PEC para inviabilizar o Amastha não minha querida, ele se inviabiliza sozinho”, sustenta.

 

Sem pertencer a grupo nenhum

 

O deputado comentou ainda a recente aproximação com o governador Marcelo Miranda de quem era crítico sistêmico. “Veja bem, não é que eu tô compondo grupo do Miranda não. O que eu estou fazendo é ajudando o Estado. Não participo do governo, não indico cargos, o que eu tô fazendo é ajudar o Estado. Nós colocamos, através da bancada R$ 100 milhões para segurança e R$ 150 milhões para a Saúde, e estamos trabalhando para liberar esse dinheiro. O que eu quero é que meus prefeitos sejam atendidos”, diz Gaguim.

 

Gaguim afirma também não pertencer a nenhum grupo político no Estado. “Minha preferência pessoal é pela senadora Kátia Abreu para o governo, caso ela viabilize a sua eleição, mas uma coisa é condição: que esse Amastha não esteja junto, o que acho que não vai acontecer. Esse eu não apoio e nem quero o apoio dele em hipótese nenhuma”, finalizou.

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