Gaguim diz que enriqueceu trabalhando e que vai ao MP contra Amastha

O deputado Carlos Gaguim atacou o prefeito Carlos Amastha em ligação ao T1 Notícias no inicio da noite desta quinta, e disse que vai ao MP e à PF contra o prefeito

Deputado Carlos Gaguim é contra BRT
Descrição: Deputado Carlos Gaguim é contra BRT Crédito: Foto: Divulgação

No início da noite desta quinta-feira, 3, o deputado federal Carlos Gaguim (PTN) voltou a entrar em contato com o T1 Notícias para responder pela segunda vez as declarações do prefeito Carlos Amastha a seu respeito. “Agora é guerra. Realmente eu cheguei em Palmas com um fusquinha velho, mas eu ganhei minha vida trabalhando, fazendo negócio, comprando e vendo carro, cavalo, lote, todo mundo em Palmas conhece a minha história. Agora ele (Amastha) veio de Curitiba corrido, respondendo um monte de processo, e aliás responde muitos até hoje”, disparou Gaguim, inconformado com afirmação de Amastha de que desconhece a origem de seus bens.

 

Carlos Gaguim afirmou ao T1 Notícias que usará a tribuna na próxima terça feira para “desmascarar Amastha” e questionar a forma como vem gerindo seus negócios. “Pergunta em Palmas se eu deixo de cumprir meus compromissos, nunca! Agora ele é caloteiro. Tudo o que eu tenho é declarado no meu imposto de renda, a evolução do meu patrimônio está lá. Ele é que fez negócios aqui, bajulando políticos. Bajulou o Siqueira, bajulou Miranda e me bajulou muito quando eu era governador. Agora quer bancar o bacana? ”, disse o deputado.

 

“Vou ao Ministério Público, vou à Polícia Federal, faço questão que façam um pente fino no meu patrimônio e no dele”, declarou Gaguim.

 

Mais cedo o deputado Carlos Gaguim respondeu em ligação ao T1 Notícias ao trecho da entrevista do prefeito Carlos Amastha (PSB), em que este afirma não querer relação nenhuma com o deputado depois que soube que ele trabalhou contra a liberação de recursos do governo federal para o BRT. “Ele trabalha contra a cidade”, disse o prefeito, lembrando que o deputado pediu a assinatura do também deputado Lázaro Botelho (PP), contra a viabilização da obra.

 

Gaguim diz que Botelho negou a ele ter comentado o assunto, mas a assessoria do deputado em Brasília confirmou pela manhã a existência de expediente neste sentido, de autoria do deputado Carlos Gaguim, e que o líder da bancada, deputado Lázaro, foi consultado para assinar, não tendo dado o seu aval, no entanto até o momento. Segundo o secretário do PP, Robson Ferreira “ o projeto do BRT foi aprovado dentro da gestão do PP no Ministério das Cidades o que tornaria incoerente qualquer gestão contrária a ele. O deputado Lázaro Botelho, participou das reuniões junto com o prefeito Amastha e o Ministério das Cidades. Foi um projeto trabalhado junto com o deputado quando o Ministério das Cidades era comandado pelo Partido Progressista, que era o partido do prefeito Amastha na época, e é o partido do deputado”.

 

Contra a obra, Gaguim já falou até com Temer

Diante da informação o deputado afirmou não precisar de Lázaro Botelho, nem da bancada para encaminhar seu posicionamento contrário à obra do BRT. “Sou contra por que já começou errado, é uma obra viciada e quem está falando isso não sou eu não, é o Ministério Público. Agora o dinheiro não é do Amastha não, é do povo de Palmas. Já mandei ofício para o Ministério das Cidades e para o presidente da Caixa, pedindo que seja usado para casas populares. A gente tem uma demanda por mais 5 mil casas populares em Palmas”, sustenta o deputado.

 

Falando ainda contra o BRT, Gaguim afirma que o modelo é caro, e desnecessário para Palmas. “Isso não é prioridade. E outra, nosso povo não dá conta de pagar R$ 10 reais na passagem de um metrô, que é o que vai custar. Essa obra não vai sair”, desafia.

 

Sobre o assunto, o deputado admite já ter falado com o presidente Michel Temer. “Já falei sobre isso até com o presidente Michel. Queremos o dinheiro para casas populares”, argumenta.

 

 

Questionando votação de Amastha

Demonstrando mágoa com a fala de Amastha, o deputado Carlos Gaguim disse que pretende “desmascarar” o prefeito reeleito, a quem acusa de “usurpar” Palmas. Perguntado sobre a votação de Amastha -  que teve 52% dos votos válidos no último pleito -  Gaguim sustenta que a conta é outra. “É só fazer as contas. Soma quem não foi votar, e quem votou no Raul e na Cláudia e você vai ver que 107 mil palmenses rejeitaram ele, não quiseram ele. Então ele não tá com essa bola toda não”, analisa.

 

Gaguim criticou ainda os gastos do prefeito reeleito. “O Dória em São Paulo gastou R$ 9,00 por voto. Ele gastou R$ 45,00, o voto mais caro do Brasil”, dispara.

 

Classificando-se como “palmense” e tocantinense, Gaguim relembrou que quando foi governador ajudou a solucionar o impasse da Unitins/Eadcom no País inteiro. “Ele deveria era me agradecer que quem resolveu a vida dele no MEC fui eu. Ele saiu abrindo postos da Unitins/Eadcom no Brasil inteiro e foi descredenciado. Não tinha como dar o diploma para os alunos e quem foi atrás de resolver? Foi o governador Gaguim. Ele deveria era lembrar disso antes de falar mal de mim. Ele era para estar sumido do Brasil”, argumenta. “Sou brasileiro, sou palmense e vou desmascará-lo, ele pode esperar”, disse o deputado.

 

Emendas para Saúde e Sindicato Rural

O deputado afirma que Palmas é sua cidade e que é injusto dizer que trabalha contra a capital. “Sozinho eu liberei R$ 2 milhões e meio para a Saúde. Já está na conta da prefeitura, isso ninguém fez. Vai lá olhar”, afirma Gaguim. Em documento encaminhado ao T1 Notícias o deputado demonstra ter destinado em emendas impostas para Palmas, os recursos alegados para a Saúde e mais R$ 500 mil para o Sindicato Rural de Palmas.

 

Dinheiro do Basa com garantia “furada”

Seguindo com a metralhadora giratória contra o prefeito, Gaguim o desafiou a explicar o que chama de “especulação imobiliária”, no empréstimo que contraiu com o Basa para construir o Capim Dourado Shopping. “Ele pegou dinheiro emprestado no Banco da Amazônia, dinheiro brasileiro, e fez o quê? especulação imobiliária. Comprou a área a R$ 9,00 o metro e vendeu a R$ 500,00”, acusa. Segundo Gaguim, quando fez a operação o prefeito teria dado em garantia um imóvel que tem pendência judicial em Curitiba, o que estaria numa ação do Ministério Público Federal.

 

Questionado pelo fato de que Amastha empreendeu na área, gerando empregos e agregando valor, o que descaracteriza a exploração imobiliária da área construída, Gaguim limitou-se a dizer que o próprio Ministério Público investiga a questão. “Mesmo assim, é um aumento muito grande, e isso aí ele tem que explicar é para o Ministério Público”, finalizou.

 

(Atualizada às 20h)

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