Kátia diz que não sai do PMDB e confirma diálogo aberto com Amastha

Em coletiva à imprensa, a senadora adiantou que não abandonará o partido: “Vim para ficar”; Kátia também comentou posicionamento contrário a PEC Amastha e adiantou que Irajá é candidato à reeleição

Kátia Abreu
Descrição: Kátia Abreu Crédito: Divulgação

Em coletiva concedida à imprensa na manhã desta segunda-feira, 11, em seu gabinete, a senadora e pré-candidata ao comando do Palácio Araguaia, Kátia Abreu (PMDB) afirmou que o PMDB é um grande partido e que não pretende abandonar a sigla e, apesar da sigla querer emplacar o nome do governador Marcelo Miranda (PMDB) na reeleição, ela descartou qualquer possibilidade de apoio ao atual gestor. A parlamentar também comentou seu posicionamento contrário a PEC Amastha e disse que o prefeito já sabe disso. Na ocasião a pemedebista garantiu que seu filho, deputado federal Irajá Abreu não concorrerá ao Senado, mas sim a reeleição na Câmara Federal.  

 

Partido Histórico

Kátia comentou que a sigla é histórica, no entanto alguns filiados acabaram se corrompendo, e admitiu que não pretende deixar o partido.

 

“O partido é histórico que teve um papel fundamental na democracia brasileira, com personagens nacionais. Então eu não vou generalizar que o partido não presta. Na verdade esse partido está com pessoas imundas lá dentro. O PMDB da base são pessoas apaixonadas, que o olho brilha pela história do partido. Alguns personagens corromperam-se e por um acaso estão no PMDB. Eu vou tentar ficar no PMDB porque eu vim para ficar. Eu fui para o partido por uma estratégia política e tomei a decisão de continuar nele”.

 

Na oportunidade a ex-ministra da Agricultura também reafirmou ser adversária do atual governador do Tocantins, Marcelo Miranda, apesar de tê-lo apoiado nas últimas eleições e adiantou que graves denúncias estão prestes a ser anunciadas.

 

“Vim de tão boa fé e fui tão correta que eu entreguei o comando do partido para o Marcelo (Miranda) porque eu tinha certeza que ele seria um bom governador, porque o apoiei achando que ele realmente seria um bom governador, porque ele tinha sido no passado. Não tinha menor interesse nesse desgaste com ele. O que estou ouvindo de muitas pessoas do PMDB é para eu não sair, que ainda há muitas coisas para acontecer a nível nacional e estadual. Tem informações graves vindo aí a qualquer momento”, adiantou.  

 

Kátia também avaliou sua expulsão do partido atribuindo os motivos à questões éticas. “Do jeito que a lama está feia quem é que tem coragem de me expulsar do partido. Eu estou sendo expulsa por uma questão ética. Como assim? Qual o parâmetro de ética nesse partido? A turma da tornozeleira está todinha lá. Uns estão presos, outros estão em casa com a tornozeleira, o que vai acontecer com eles? Será que o partido vai expulsar?! Com que moral vão me expulsar? Jarbas Vasconcelos, Requião que 30 anos de partido. Quer dizer, vai expulsar os honestos, os éticos e deixar os bandidos?”

 

Corrida Eleitoral 2018

A senadora afirmou que pretende concorrer ao governo do Tocantins pelo PMDB.  “Vamos ver então o que vai acontecer. Se o Marcelo Miranda não tiver condições eleitorais ou jurídicas para ir à reeleição o PMDB vai abrir mão de ter uma candidata mais competitiva do que eu?! Esperei Siqueira e Marcelo ter mandato, nunca saí desses dois apoios para apoiar Gaguim ou Sandoval... Eu acho modestamente que hoje eu estou preparada para assumir essa empreitada, se assim o povo quiser”, avaliou a senadora que defende  a renovação.

 

Kátia comentou ainda sobre as conversas de bastidores que corre sobre a candidatura ao senado do seu filho, deputado Irajá Abreu. “Essa possibilidade está descartada. Deputado Irajá é candidato a deputado federal na sua terceira reeleição”, asseverou.

 

PEC Amastha

“Até sou a favor da tese de que estrangeiro não governe, nem seja senador da república, mas voto contra porque não sou oportunista, já que nós dois somos pré-candidatos. Eu não ficaria confortável tentando tirar ele do páreo desta forma. Independente de Amastha ser ou não candidato ao governo, isso não altera minhas intenções”, argumentou a senadora sobre a PEC 306/2017 que restringe a brasileiros natos o direito de ocupar os cargos de senador, governador, vice-governador e de ministro das Relações Exteriores. 

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