Ministério Público Eleitoral move ações pedindo a cassação de Olyntho e Tiago Dimas

Conforme apurado pelo T1, por envolverem quebra de sigilo bancário, os autos estão sob sigilo

Parlamentares são alvos de representações do MPE
Descrição: Parlamentares são alvos de representações do MPE Crédito: Divulgação

O deputado estadual Olyntho Neto (PSDB) e o deputado federal eleito Tiago Dimas (SD) são alvos de representações que foram movidas ontem, 19, pelo Ministério Público Eleitoral, e que pedem a cassação de seus mandatos eletivos. Conforme apurado pelo T1, por envolverem quebra de sigilo bancário, os autos estão sob sigilo.

 

Na representação contra Olyntho Neto, a Procuradoria Eleitoral aponta suposta captação e gastos ilícitos de recursos na campanha eleitoral, citando os R$ 500 mil apreendidos pela Polícia Federal com o advogado Luiz Olinto, irmão do deputado, no dia 1º de outubro, a seis dias da eleição, em uma agência bancária em Araguaína. O irmão do parlamentar estava acompanhado, ainda, de um assessor de Olyntho Neto, utilizando um veículo da Assembleia Legislativa.

 

O deputado estadual teve a prestação de contas de sua campanha aprovada no Tribunal Regional Eleitoral, com a ressalva de ter sido realizada fora do prazo.

 

O T1 não conseguiu contato com o deputado Olyntho, mas reforça que deixa o espaço aberto para que o parlamentar se pronuncie, caso queira.

 

Tiago Dimas

 

Eleito em outubro deste ano como o deputado federal mais votado, com 71.842 votos, Tiago Dimas foi alvo de representação do Ministério Público Eleitoral em razão de doações efetuadas pelo próprio candidato para sua campanha, sem a prévia informação da existência dos recursos próprios de Dimas. As doações de R$ 1,9 milhão superam o valor do patrimônio declarado pelo candidato no registro de sua candidatura.

 

Tiago Dimas teve as contas de campanha desaprovadas, por unanimidade, pelo Pleno do TRE no último dia 12, referente à arrecadação e aplicação de recursos na campanha das Eleições Gerais. Dimas declarou gastos de R$ 2,3 milhões, tendo recebido doações de R$ 1,9 milhão. Para a Corte Eleitoral, ele teria omitido o lançamento de 8% de despesas do valor total de doações.

 

O deputado federal eleito explicou, após a decisão do Pleno do TRE, que suas contas foram desaprovadas por um erro técnico da sua própria equipe de contabilidade, que cometeu uma falha ao enviar a prestação de contas parciais, e vai recorrer da decisão. Dimas foi diplomado no último dia 17, em cerimônia no auditório do Tribunal Regional Eleitoral.

 

Em nota enviada ao T1, Tiago Dimas informou que ainda não teve acesso às alegações que e que provará que não houve nenhuma irregularidade na sua prestação de contas e nas suas movimentações financeiras, “que são de origem lícitas advindas das suas atividades empresariais, fruto de muito trabalho”.

 

O parlamentar reafirma que sua campanha foi transparente, respeitou as normas eleitorais e mantém o seu compromisso de “desempenhar um mandato que orgulhará os tocantinenses”.

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