Mourão diz que situação do Estado é grave e prevê déficit de R$ 64 mi em 2018

Deputado fez um alerta sobre a situação financeira do Estado e critica os debates apenas em torno da data-base e das progressões dos servidores. Segundo ele, em 2018 o Estado terá déficit de R$ 64 mi.

Paulo Mourão é líder do Governo na AL
Descrição: Paulo Mourão é líder do Governo na AL Crédito: Bonifácio/T1Notícias

O deputado Paulo Mourão (PT) relatou ao T1 Notícias que “é preciso ter consciência e cuidado para que o Estado não se afunde de vez e não consiga mais pagar suas contas”. Durante seu discurso na Assembleia Legislativa (AL) na manhã desta terça-feira, 23, ele lembrou que o Tocantins é o único Estado brasileiro que se encontra em uma situação financeira “tão grave”.

 

A opinião de Paulo Mourão, que é líder do governo Marcelo Miranda na Casa de Leis, foi motivada pelas discussões que permeiam a Casa nos últimos dias: pagamentos da data-base e progressões dos servidores do Estado.

 

“Fico muito preocupado quando uma pessoa fala mais alto que outra para não ouvir o diálogo, e se é isso que desejam, continuem nessa situação da falta do diálogo, continuem querendo brigar por brigar”, disparou o deputado após os grevistas, que lotavam a AL, não concordarem com seu posicionamento.

 

Na ocasião o deputado lembrou que 63% das suas receitas do Estado estão comprometidas somente com o pagamento de pessoal. “Nós não falamos em nada, hoje o Estado vive em função da data-base e não se pensa no futuro financeiro”, alertou o deputado ao lançar o desafio: “apontem onde existe financeiro para pagar de uma vez só?”.

 

Mourão fez um apanhando das receitas e das despesas do Estado e segundo ele em 2014 a receita era de R$ 564 milhões com uma despesa de R$ 519 milhões, o que gerava um saldo positivo de R$ 45 milhões. Já em 2015 a receita prevista é de R$ 534 milhões com uma despesa de R$ 524 milhões.

 

Segundo as informações do deputado, em 2018 o estado deve estar com um saldo negativo na ordem de R$ 64 milhões. “Eu pergunto qual é o funcionário que vai aposentar em 2017? O Estado está dizendo que não está tendo liquidez e nem receita e as progressões vem passando de governo a governo sem pagamento”, disparou Mourão ao lembrar que o “governo passado não pagou parte das progressões e nem 13º salário”.

 

Para Mourão “é preciso compreender que neste momento tem que se garantir o futuro do Estado e dos servidores”. Ele defende que se discuta de forma a estudar a atual situação do Tocantins e o que se espera para o futuro. “É preciso construir um estado que o servidor seja bem servido e é preciso que o Estado seja visto como um todo”, finalizou.

 

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