O vereador Milton Néris disse ao Portal T1 Notícias no começo da tarde desta segunda-feira, 29, que entregou os cargos de sua indicação na gestão Carlos Amastha, durante uma reunião na última quinta-feira, 25, após ser
pressionado a votar projetos de interesse do município que estão em tramitação na Câmara de Palmas.
Segundo o parlamentar, seu resgate na base do prefeito já vinha se arrastando inicialmente em virtude da diferença de posição sobre a polêmica em torno dos permissionários de quiosques na capital. “Minha posição de independência j;a vem de antes, mas a partir do dia 11, passei a deixar isso bem claro nos meus posicionamentos na Casa. Eu já havia dito ao Adir: fique com os cargos, não há nenhum constrangimento para mim sobre isto”.
Sobre os quiosques o vereador contesta a posição da gestão em cobrar aluguéis dos permissionários com base na planta de valores da capital. “Tem alguns que vão custar dois mil, outros três mil reais. É simples, eles não dão conta. A gente tinha proposto que fosse 10 UFIP por metro quadrado”, argumenta.
Contra aumento de IPTU nos novos projetos habitacionais
Outra cobrança, que segundo Milton Néris vinha sendo feita a ele, é a que envolve pagamento de IPTU nos novos projetos habitacionais com base e, lote e não em gleba. “Vou votar contra esse projeto que vem aumentar IPTU. Nas raso 14 e raso 24, o preço do metro quadrado sai de R$ 200 para R$ 600,00. Nas quadras 151 e 152, atrás da Ulbra sai de R$ 100,00 para R$ 200,00 e R$ 220,00. Está na Câmara. Já falei que não voto”, contesta. Os setores Palmas Sul e Flamboyant, também entram na lista, explica o vereador. De R$ 20,00 o metro quadrado para R$ 150,00. “É o tipo de coisa que não adianta me pressionar para fazer. Palmas está sofrendo com essa crise. Os empresários mal dão conta de pagar suas despesas. Ninguém vende nada pelo que vale, vende quando acha, pelo que acha. Qual o motivo que existe para aumentarmos agora esses impostos? não concordo”, sustenta.
Ao se posicionar, Néris teria ouvido de Adir Gentil, Secretário de Governo: “você é base, você tem seus cargos, tem que acompanhar”. segundo o vereador, neste momento colocou os cargos à disposição e pediu que seus indicados entregassem uma carta, agradecendo a oportunidade e colocando os cargos à disposição.
Contra financiamento de R$ 1 bi no Banco Mundial
O vereador citou ainda ser contrário a outro projeto do Executivo, que pede autorização para contrair empréstimo junto ao banco Mundial, no valor de R$ 1 bi. “eu vou endividar essa cidade para o futuro por que? Eu não faço isso sem debater com a sociedade. Nós já autorizamos o município a contrair R$ 500 milhões de empréstimo para implantar o BRT e isso ainda não se efetivou. Por que vamos autorizar nova dívida, no último ano de uma gestão? É preferível tratar deste assunto ano que vem, seja quem for o prefeito eleito”, avaliou.
Néris disse que não se prenderá aos cargos, por que já ficou “um ano e meio fora de tudo”e sobreviveu, numa referência ao período que lutou pelo mandato na justiça. “Do meu povo eu vou cuidar. Vou colocar mais água no feijão. O arroz e feijá não vai faltar. Nós já passamos sem isso, não tem problema, passamos de novo daqui até o final do ano”, ironizou.
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