Nove deputados vão a jantar com governador; Eduardo diz que não foi convidado

Com a presença de nove deputados estaduais, todos da base aliada, o governador realizou um jantar para tratar de assuntos do Estado e na pauta a situação financeira.

Sem muitas definições concretas, o jantar político entre o governador Marcelo Miranda (PMDB) e os deputados estaduais realizado na noite desta terça-feira, 18, chegou a conclusão de que “é preciso cortar na carne para que tenhamos dias melhores para os tocantinenses”, foi o que informou o deputado Valdemar Júnior (PSD) ao destacar que o encontro foi informal. Ao todo nove deputados compareceram, sendo todos da base aliada.

 

“A conversa foi boa e discutimos a situação do Estado. A frase de ordem é pacto pela governabilidade por estarmos todos cientes do momento que o Brasil e o Tocantins estão enfrentando”, relatou o deputado ao lembrar da crise financeira que assola todo o país e destacar o apoio oferecido pelos deputados ao governador sobre as medidas que precisam ser tomadas para conter a crise no Estado.

 

O deputado Paulo Mourão (PT) falou que quanto à reforma administrativa o governador não deu um parecer sobre quando deve acontecer. "O governador ainda não nos trouxe a informação e já pediu um estudo apurado de cada secretaria, auditoria nas folhas. Creio que uma reforma precisa ser trabalhada, preparada, para depois entender em que campo serão aplicadas", disse.

 

Ao citar as greves deflagradas no Tocantins nos últimos meses, Valdemar Júnior se mostrou preocupado com a situação do Estado e falou do pequeno poder de investimento do governo. “É preciso apertar os cintos para conseguir o que o Estado realmente precisa, que é aumentar o poder de investimento”, destacou.

 

O líder do governo na Casa de Leis, deputado Paulo Mourão (PT) destacou que os deputados que estiveram presentes partilharam de uma discussão não de temas de caráter administrativo, mas discussões e perspectivas futuras para o Estado.

 

Clima entre governo e deputados

Apesar dos 24 deputados terem sido convidados para o jantar, apenas Zé Roberto (PT), Paulo Mourão (PT), Amália Santana (PT), Elenil da Penha (PMDB), Valdemar Jr (PSD), Ricardo Ayres (PSB), Nilton Franco (PMDB), Rocha Miranda (PMDB) e Valderez Castelo Branco (PP) compareceram.

 

Nos bastidores alguns deputados da base informaram que não compareceram ao jantar, pois esperavam um momento com “mais formalidade” para que Poderes Executivo e Legislativo pudessem discutir os mecanismos para que a situação do Estado seja resolvida.

 

O deputado Ricardo Ayres (PSB) disse não ver problemas do encontro ter acontecido em um jantar. “Alguns deputados dizem que não foram por ser informal. Independente de estar em um ambiente oficial ou não, o convite foi feito e o governador é o governador em qualquer lugar”, ponderou.

 

Para Mourão o momento foi positivo e “perdeu quem não foi” já que segundo ele “algumas pessoas não conseguem visualizar que este Estado está mudando e já não é mais um Estado em que as pessoas tem que ser carimbadas. Nós não temos mais um senhor que agente deve obrigação e alguns não conseguem entender que é um governo aberto que respeita as liberdades que respeitam as opiniões”.

 

Oposição ausente

O deputado Eduardo Siqueira Campos (PTB) foi categórico ao informar que não foi convidado e em sua opinião o ambiente para diálogo entre governo e todos os deputados estaduais não é em um jantar. “Minha posição é de oposição e sobre o suposto jantar eu compararia a um churrasco de final de semana e o governador não tem a menor obrigação de me incluir no convite. Há uma diferença no dia em que o governador chamar todos os 24 deputados, vai chamar para uma reunião de trabalho”, destacou Eduardo.

 

Neste sentido, o deputado relatou que na oportunidade de Marcelo Miranda chamar uma reunião institucional, no Palácio ou na Assembleia, não tem problemas em participar.

 

Sobre a sua ausência na ocasião, Eduardo falou não se sentir excluído. “Com nove parlamentares presentes quem sou eu para me sentir excluído”, destacou o deputado, ao lembrar que jantares são comuns para o governo se reunir com aqueles que são de seu relacionamento político.

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