A reunião da Comissão de Finanças na Assembleia Legislativa, que tinha como pauta o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias e o projeto de estruturação da carreira dos Bombeiros Militares do Tocantins terminou com desentendimento entre o presidente da comissão, deputado Amélio Cayres e um dos membros, deputado Olyntho Neto, que chamou de "manobra" a atitude do relator em seguir com aprovação da matéria sem o parecer do pedido de vista.
Como o parecer do deputado Olyntho não foi assinado e ele não estava presente no momento da tramitação da matéria, o relator e presidente da comissão de finanças, Amélio Cayres tomou como base o regimento da Assembleia Legislativa para reconstituir o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias para que os membros presentes na reunião da Comissão pudessem votar e aprovar a LDO para que, em seguida ela fosse conduzida para plenário, uma vez que a matéria tramita em regime do urgência pelo fato de ter findado o prazo em mais de uma semana e a Casa ainda precisa tramitar matérias como a LOA e o PPA 2016-2019, antes do recesso parlamentar.
Amélio Cayres disse que o prazo das 36 horas, que são dadas ao parlamentar que pede vista do processo, venceu para o deputado Olyntho ainda no último sábado, 28, e com isso o deputado reconstituiu o processo, apontando Paulo Mourão como relator. "É preciso que a gente dê celeridade para a LDO, o povo tocantinense precisa dessa resposta nossa, até porque ainda temos o orçamento para 2016 e o Plano Plurianual para tramitar na casa", destacou o deputado Paulo Mourão.
O deputado Olyntho Neto alegou que saiu da Casa por volta das 13h e que já estava de volta às 14h, mas não foi comunicado do início da reunião. "A reunião começou às 15h e foi avocado o processo no meu entendimento para tentar um manobra, não sei qual seria essa, gostaria que fosse respeitado, no mínimo o direito a fazer a leitura do relatório, tendo em vista que foi por esse motivo para melhor análise da LDO que foi solicitado o pedido de vista, mesmo assim lembrando que não podemos cercear o direito de outros deputados que estavam presentes na sessão anterior e já tinham apresentado o interesse no pedido de vista, como é o caso da deputada Luana Ribeiro", disse Olyntho.
Amélio Cayres não acatou ao pedido de Olyntho Neto destacando que foi dada mais meia hora de tolerância para que todos os parlamentares se fissem presentes e a Comissão já estava tramitando outra pauta. "Estou aqui com o relatório de vossa excelência, que talvez por um discuido esqueceu de assiná-lo, claro que se o senhor tivesse assinado nós teríamos lido o relatório de vossa excelência e como não chegou a poder estar aqui para assinar a mesa deliberou sobre a votação", destacou o relator da LDO e presidente da Comissão.
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