Oposições já têm Amastha e Damaso para governo; Vicentinho e Irajá postulam Senado

Reunião entre oposições, com os pré-candidatos ao governo do Tocantins, organizada por Kátia Abreu, em Palmas, teve saldo de definições para a eleição geral

Encontro foi organizado pela senadora Kátia Abreu, em Palmas
Descrição: Encontro foi organizado pela senadora Kátia Abreu, em Palmas Crédito: Divulgação

A reunião entre as oposições chamada em acordo com os pré-candidatos a governo, que perderam as eleições suplementares, realizada na chácara da senadora Kátia Abreu na última sexta-feira, 6, sinalizou para duas candidaturas a governo colocadas para outubro próximo: a do ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha(PSB), que faltou à reunião após confirmar presença, e a do deputado estadual Osires Damaso.

 

O grupo de Amastha, composto pelos presidentes do Podemos, Adir Gentil e Nésio Fernandes do PC do B, e pelos representantes do PTB, Albuquerque Cordeiro, e do próprio PSB, Tiago Andrino, além das siglas PSDC e PT, teve que ouvir as duras críticas feitas ao ex-prefeito, pela postura de faltar à reunião, fugindo ao diálogo com protagonistas com os quais tem conversado nos bastidores. Um dos maiores críticos do ex-prefeito foi o ex-deputado Sargento Aragão, que teria dito: “eu sabia, já era esperado”. 

 

Em off, uma fonte garantiu ao Portal T1 que Carlos Amastha não só faltou, como teria orientado Márlon Reis a fazer o mesmo, para “não se queimar” numa reunião pública com representantes de grupos políticos que ambos criticaram duramente nas últimas eleições.

 

Das oposições, 13 partidos e dois senadores abrem o diálogo

 

A mesa, no entanto, não se esvaziou com a ausência dos dois candidatos. Treze partidos se fizeram representar e o grupo da senadora Kátia Abreu apresentou o nome do deputado Osires Damaso como alternativa ao governo. Damaso disputou com Mauro Carlesse a presidência da Assembleia Legislativa e perdeu, articulou pré-candidatura ao governo nas suplementares, mas terminou se aliando à senadora Kátia Abreu, de quem já foi aliado no passado. 

 

A reunião contou com um momento de avaliação do cenário por cada um dos partidos. O PSB por sua vez apresentou resultado de uma pesquisa encomendada pelo partido que sugere que um segundo turno entre Carlesse e Amastha teria sido mais competitivo.

 

Presente na reunião, o senador Vicentinho Alves acompanhado de seu filho, o deputado federal Vicente Jr., sinalizou para a intenção de disputar o Senado numa ampla configuração de forças. 

 

A segunda vaga na chapa foi discutida na reunião como uma possibilidade de composição com outros pré-candidatos, como o ex-deputado federal Eduardo Gomes, ou mesmo o senador Ataídes Oliveira, do PSDB. No final da tarde, em telefonema a Vicente Jr., o deputado federal Irajá Abreu informou ao PR que pretende disputar a senatória em nome do grupo da senadora, integrado pelo PDT, PSD, PEN, Avante e PSC.

 

Grupo marca e Amastha desmarca reunião de domingo

 

Diante das críticas ouvidas de vários interlocutores na reunião, o grupo de Carlos Amastha sugeriu a data do domingo à noite, ontem, 8, para retomar a discussão com a presença do ex-prefeito, em outro espaço. Isto permitiria que desafetos da senadora Kátia Abreu  - bastante elogiada por Tiago Andrino pela iniciativa de reunir as oposições para conversar - estivessem presentes. É o caso da ala do PT, que apoiou Carlos Amastha no primeiro turno. A direção se aproximou de Mauro Carlesse no segundo, dada a boa relação do deputado estadual e presidente da legenda, deputado Zé Roberto, com o ex-presidente da Assembleia Legislativa.

 

A reunião não chegou a acontecer por decisão do pré-candidato do PSB, que optou por articular pessoal e individualmente os apoios que julga importantes. “Amastha deve seguir com os partidos que já integram o nosso grupo, PSB, PT, PC do B, PTB, Podemos e buscar agregar nesta aliança o MDB e o PSDB”, afirmou um dos aliados do ex-prefeito.

 

Nos bastidores, o ex-prefeito tem dito a aliados que o ideal será que a eleição tenha três ou mais candidatos competitivos. Esta seria uma forma de separar os grupos, ao invés de formar dois “blocões”, tendo o Palácio Araguaia no primeiro, com a vantagem de gerir a máquina e poder distribuir suas benesses, e as oposições aglutinadas no segundo. 

 

Diante da atitude do ex-prefeito de faltar à primeira reunião e desmarcar a segunda, que seu grupo havia sugerido, a senadora Kátia Abreu teria disse na noite de domingo a interlocutores de Carlos Amastha que se absterá de novas movimentações para articular o grupo. “Vou assistir de camarote”, teria sinalizado.

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