PF ouve vereador acusado de doar cestas básicas em troca de apoio ao PSD

Nessa quinta-feira, 27, a Polícia Federal esteve em São Salvador do Tocantins para ouvir o vereador Washington Milhomen (PR) e mais três pessoas. O parlamentar é acusado de distribuir cestas básicas em troca de apoio político.

São Salvador do Tocantins
Descrição: São Salvador do Tocantins Crédito: Da Web

O vereador Washington Milhomen (PR), também conhecido como Pezão, de São Salvador do Tocantins, acusado de distribuir cestas básicas a eleitores em troca de apoio para a criação do PSD, em 2011, foi ouvido nessa quinta-feira, 27, pela Polícia Federal.  De acordo com as informações, além de Pezão, mais três pessoas que teriam sido beneficiadas com as cestas básicas também foram ouvidas pela PF.

De acordo com as informações, foram distribuídas cerca de 300 cestas básicas na cidade, metade delas, foram entregues pelo vereador.

O morador Dalto Pereira Rocha, também ouvido pela PF, confirmou ao Portal T1 Notícias, que recebeu das mãos do vereador, uma cesta básica e que assinou a lista. Questionado sobre o depoimento e se sabia que a lista era de apoio ao partido, Rocha não quis falar sobre o assunto.

“Eu disse à polícia o que eu sabia, falei que recebi a cesta do vereador e que tinha assinado a lista, sobre o que houve, eu já não sei te responder”, declarou.

Rocha também negou que tenha qualquer ligação política com o vereador e que tenha conhecimento da lista. “Conheço o vereador, fui convidado para receber a cesta e fazer o cadastro, mas não sei que lista é essa e nem tenho contato dele”, finalizou o morador.

Como funcionava

As cestas foram distribuídas em maio de 2011, período que o PSD estava sendo criado e, segundo as denúncias, a comunidade era convidada para receber o benefício, mas tinha que levar o título de eleitor para a efetivação de um cadastro, e logo após receber a cesta, a pessoa assinava, sem saber, um documento de apoio ao partido.

Em São Salvador, segundo denúncias, o esquema foi comandado por Pezão, que teria usado a casa de um irmão dele e outros aliados políticos, para distribuir as cestas. A comunidade, conforme as informações assinava o documento, sem saber que tratava de um crime eleitoral.

Tentativa de Contato

Procurado pelo Portal T1 Notícias para falar sobre o caso, o vereador não atendeu nenhuma ligação. No entanto, caso ele queira se posicionar sobre o assunto, o espaço continua aberto.

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