Por 11 votos a cinco deputados aprovam moção de repúdio contra ato de Amastha

O decreto do prefeito Amastha de proibir o tráfego das vans do transporte alternativo foi alvo de voto de repúdio dos deputados nesta quarta com 11 votos favoráveis. Cinco deputados não concordaram.

Deputados aprovam moção de repúdio
Descrição: Deputados aprovam moção de repúdio Crédito: Ascom/AL

Os deputados estaduais aprovaram o envio de voto de repúdio ao prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PSB), em virtude do Decreto 1.076 que proíbe as vans do transporte alternativo intermunicipal de circularem em Palmas. De autoria do deputado Amélio Cayres (SD), o requerimento foi aprovado com 11 votos a favor e cinco contrários.

 

Amélio justificou que o seu requerimento se deu em virtude de buscar impedir que as pessoas que usam o transporte alternativo tenham prejuízos. “Já pensou que constrangimento uma pessoa idosa, com deficiência ficar esperando em pontos para se locomover?”, questionou o deputado.

 

Para o deputado Eli Borges (PROS) o seu voto acompanhando Amélio se deu em virtude de que “é preciso a sociedade começar a exercitar a democracia dando alguns choques”. “Tenho o meu voto não de desrespeito ao cidadão mas ao que ele fez”, pontuou.

 

Já o deputado José Bonifácio (PR) ironizou ao afirmar que seu voto favorável foi motivado pelo fato de que “quando um reizinho pratica um ato é preciso o povo mostrar a indignação”.

 

Citando o diálogo que foi aberto pelo prefeito nesta terça-feira, 11, o deputado Eduardo Siqueira Campos (PTB) ressaltou que o assunto diz respeito não só a Palmas, mas também aos outros 138 municípios do Estado e defendeu que “o debate deveria ter sido feito antes.

 

Acompanharam ainda o requerimento de Amélio, os deputados Wanderlei Barbosa (SD), Nilton Franco (PMDB), Vilmar de Oliveira (SD), Junior Evangelista (PRTB), Toinho Andrade (PSD), Valderez Castelo Branco (PP) e Rocha Miranda (PMDB).

 

Contra a propositura

Contrário ao requerimento de Amélio, o deputado Ricardo Ayres (PSB) destacou que a reunião que aconteceu nesta terça representou uma “abertura democrática” do prefeito Amastha que segundo ele se colocou a disposição para adequar o decreto. “Vejo que por prudência seja interessante não aprovar o requerimento pois o fato que originou essa proposição pode não ter mais motivo amanhã”, alertou o deputado.

 

No entendimento do deputado Elenil da Penha (PMDB) “o instrumento do deputado Amélio é legal e considerando que algo não é bom deve-se apresentar, mas compete a mim concordar ou não e nesse quesito eu voto contrário, pois na minha visão o diálogo é o melhor caminho”.

 

O deputado Jorge Frederico (SD) concordou que a melhor maneira de resolver o impasse é o diálogo e por isso votou contra o requerimento, bem como o deputado Zé Roberto (PT) que disse concordar com as reivindicações mas disse entender não caber o repúdio ao ato.  “Podemos lutar para que ele revogue o decreto mas a meu ver não cabe a moção de repúdio. Cabe ouvir a população e lutar para que a situação se resolva”, disse.

 

A deputada Amália Santana (PT) também não concordou com o repúdio proposto por Cayres. “Só sou a favor da tensão quando não se tem mais a capacidade do diálogo. Os outros 138 municípios precisam desse serviço e acredito que nesse momento é prudente dialogar mais com o prefeito”, ponderou.

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