Procurador-Geral de Justiça se manifesta sobre prisão do filho na Operação Ápia

Clenan Renaut declara apoio ao filho e confiança em sua inocência: "não me deixarei abater e continuarei cumprindo todos os deveres inerentes ao cago de Procurador-Geral de Justiça"

Procurador-geral de Justiça, Clenan Renaut de Melo
Descrição: Procurador-geral de Justiça, Clenan Renaut de Melo Crédito: Foto: Divulgação

Nesta terça-feira, 7, o procurador-geral de Justiça Clenan Renaut de Melo emitiu uma nota oficial se manifestando sobre a 3ª fase da Operação Ápia, que resultou na prisão temporária de quatro pessoas, dentre estas, a de seu filho, o empresário Renan Bezerra de Melo Pereira. “Na condição de pai, darei irrestrito apoio ao meu filho, jamais distorcendo a verdade ou eventuais responsabilidades que a ele couberem. Confio na sua inocência até que a conclusão das investigações aponte em sentido contrário”, afirmou o procurador-geral.

 

Ainda segundo Clenan, “caso se comprovem os fatos, que os culpados, quaisquer que sejam, respondam conforme previsto em lei. Por fim, não me deixarei abater e continuarei cumprindo, com a mesma ênfase, de cabeça erguida, todos os deveres inerentes ao cargo de Procurador-Geral de Justiça, com atuação firme no combate à corrupção”.

 

O procurador-geral ressalta ainda sua atuação no Tocantins e a seriedade da ação realizada pela Polícia Federal e pela Justiça. “Com 27 anos dedicados ao Ministério Público, não tenho em meu currículo nada que possa macular a minha atuação. Tenho a honra de conduzir, mais uma vez, a Instituição, escolhido pela grande maioria dos meus colegas. Como tal, não poderia deixar de engrandecer a firme atuação da Justiça, do Ministério Público Federal e da Polícia Federal na busca pela elucidação de possíveis casos de corrupção na gestão pública. Dessa forma, espero e confio na transparência e seriedade que sempre nortearam essas instituições”.

 

Clenan finaliza se colocando à disposição para contribuir. “Coloco o Ministério Público Estadual, hoje sob meu comando, à disposição das autoridades, naquilo que puder contribuir” declarou.

 

Entenda

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, 7, a terceira fase da Operação Ápia no Tocantins, que investiga fraudes e corrupção em contratos de obras públicas entre o governo do Estado e ​empreiteiras. Os agentes cumpriram quatro mandados de prisão, além de 22 de busca e apreensão e 21 intimações. As prisões temporárias por cinco dias, decretadas nesta operação, são de Renan Bezerra de Melo Pereira, filho do procurador-Geral de Justiça do Tocantins, Clenan Renaut de Melo; do empresário José Maria Batista, conhecido como “J”; do empresário Erlon Marcelo Lima Vieira; e de Alexandre Ubaldo, ex-secretário de Infraestrutura do governo Siqueira Campos. As buscas e apreensões ocorreram nos endereços pessoais dos investigados e nas sedes das empresas ETP Construtora e CL Construtora (Chagas e Lima). Os envolvidos são investigados por suposta prática de crimes de desvio de verbas públicas, corrupção passiva e ativa, crimes contra a lei de licitações e contra o Sistema Financeiro Nacional.

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