PT descarta composição com PSDB, articula com PSB e diz que PSOL é de grande valia

O presidente do diretório metropolitano petista e pré-candidato, João Helder Vilela, diz que já manteve dois encontros com o ex-prefeito Carlos Amastha, mas diverge com ele sobre o PSOL

TIago Andrino e João Helder Vilela
Descrição: TIago Andrino e João Helder Vilela Crédito: Da Redação

Em nota enviada ao Portal T1 Notícias no começo da tarde desta terça-feira, 7, o presidente do PT de Palmas, João Helder Vilella, disse que para o partido na Capital, o debate sobre as perspectivas eleitorais do campo da esquerda passa por uma estratégia de construção de uma frente política pautada em compromissos comuns que vão além do terreno das eleições, o que significa pensar pactos de respeito e garantia de direitos fundamentais e um compromisso efetivo com a redução das desigualdades sociais.

 

Segundo Vilella, a frente política que o PT busca construir visa partidos e organizações dos movimentos sociais, com o objetivo de organizar o contraponto às políticas do governo bolsonarista, bem como seus aliados locais.

 

Ele reafirmou o interesse em construir uma frente de esquerda, onde o PSB está no horizonte de alianças do PT, mas manifestou publicamente divergência com o ex-prefeito Carlos Amastha sobre a posição em relação ao PSOL, que é um partido aliado de grande importância.

 

 

Impossibilidade

 

Por fim, ele apontou a absoluta impossibilidade de composição com PSDB, da atual prefeita Cinthia Ribeiro. “No mais, a Executiva Nacional do PT deve definir ainda este mês, as diretrizes internas que irão conduzir as alianças em municípios acima de 50 mil eleitores”, avisou.

 

 

Entenda

 

Em entrevista ao T1 na manhã desta terça-feira, 7, o presidente do PT de Palmas, João Helder Vilella, afirmou que o partido e o PSB estão trabalhando uma aliança de partidos de centro-esquerda para disputar as eleições deste ano, em Palmas. Ele disse que é pré-candidato à sucessão da prefeita Cinthia Ribeiro e que já manteve dois encontros com o ex-prefeito Carlos Amastha e com o pré-candidato socialista Tiago Andrino, com esse intuito.

 

“Estamos amadurecendo a ideia de formar essa frente, que envolve também o PSOL e o PCdoB. Por enquanto, estamos conversando e buscando entendimentos até a expiração do prazo para a migração partidária, no início de abril”, disse Vilela, para quem essa frente deve se consolidar com base em um plano administrativo, econômico e social para o município.

 

Vilela garantiu que o PT não será inflexível ao ponto de bater o pé para ser cabeça de chapa. “Não vamos entrar em um projeto aventureiro sem capacidade de competir, com chances de êxito nas urnas”, ponderou o pré-candidato do PT. Ele admite que o seu partido pode apoiar a candidatura de Andrino, mas ressalta que tudo vai depender de entendimentos que envolvam também a chapa proporcional para vereadores.


 

Amastha descarta PSOL

 

Também na manhã dsta terça-feira, o presidente regional do PSB, ex-prefeito Carlos Amastha, confirmou que há sim uma articulação nesse sentido, mas disse que o PSOL está descartado dessa possível frente de partidos de centro-esquerda por considerar uma legenda radical. “Somos contra o radicalismo tanto de direita quanto de esquerda”, argumenta.

 

Ele elogiou a postura do empresário João Helder Vilela pelo seu poder de articulação e adianta que está buscando também entendimentos com o PR do deputado Vicentinho Júnior e com o PSDB do ex-senador Ataídes Oliveira. “A gente sempre teve uma aliança muito forte com os tucanos”, resumiu.

 

Sobre sua possível disputa por uma vaga de vereador, o ex-prefeito disse que ainda não existe nada definido, salientando que a sua missão política nesse momento é reestrutura o PSB em todo o Estado e que a chapa de vereadores será definida pelo diretório metropolitano.


 

Fundo partidário e eleitoral


 

O PT detém o maior volume de recursos dos fundos eleitoral e partidário, nacionalmente. São mais de R$ 365 milhões. “Apesar de revés que o PT passou, ainda somos o maior partido político”, observa Vilela. Ressalta-se, que os partidos políticos não poderão repassar os recursos oriundos do fundo partidário ou do fundo eleitoral para candidatos de outras coligações, conforme a nova legislação eleitoral.

 

O líder petista avalia que as eleições deste ano serão um laboratório, sem as coligações proporcionais, em que todos os partidos precisam ter as chapas próprias. “Mas a gente precisa ter uma chapa competitiva” acrescentou. No seu entendimento, o fim das coligações para a disputa proporcional poderá resultar em esvaziamento de várias legendas.

 

Ainda de acordo com as regras eleitorais, os pretensos candidatos que se sentem inseguros em permanecer nos partidos em que estão filiados devem aproveitar a janela partidária para trocar de legendas, ou até mesmo aguardar deliberações de suas siglas de se unirem a outras, por meio de fusões, incorporações, como já vem ocorrendo em muitas pequenas legendas.

 

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