Quem são os primeiros nomes apontados no processo sucessório de Palmas 2020

Alguns nomes de lideranças como pré-candidatos à prefeitura de Palmas começam a se movimentar para conquistar espaço no processo sucessório e ganhar visibilidade.

Crédito: Da Redação

A um ano das eleições municipais, alguns nomes de lideranças como pré-candidatos à prefeitura de Palmas começam a se movimentar para conquistar espaço no processo sucessório e ganhar visibilidade. Nos bastidores, os postulantes ao cargo se articulam com possíveis aliados para o pleito de 2020. Uns já assumem abertamente que pretendem postular o poder do Paço Municipal e outros se mobilizam ainda que timidamente. 


 

No elenco dos que cobiçam o Executivo da Capital estão a prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB), que é candidata natural à reeleição, o vice-governador Wanderlei Barbosa, o deputado federal Eli Borges (Solidariedade), o ex-prefeito Raul Filho (sem partido) e a professora Germana Pires (PCdoB). O PSB do ex-prefeito Carlos Amastha deve definir o nome do partido até o próximo dia 15, entre o vereador Thiago Andrino, o deputado estadual Ricardo Ayres e o ex-secretário de Palmas Alan Barbieiro. Andrino é o mais cotado entre os três, que disputam internamente a prerrogativa de ser o indicado.



 

Os deputados estaduais Zé Roberto (PT), Luana Ribeiro (PSDB) e Júnior Geo (PROS) também são lembrados, mas ainda sem muito alarde. A surpresa nessa corrida é o senador Eduardo Gomes (MDB), que surge como o grande articulador com condições de aglutinar o maior número de legendas em torno de seu projeto político, caso decida ir para a disputa. O senador tem suas reservas, nesse momento, e age como contemporizador de eventuais animosidades entre possíveis aliados.


 

Até início de abril do ano que vem, quando encerra o prazo para mudanças de legenda para quem pretende se candidatar, o cenário pode mudar completamente, com o afunilamento do processo de alianças. A prefeita já falou muito a seus interlocutores que está no páreo. Comenta-se nos bastidores que o seu nome está em todas as pesquisas de consumo interno. Ela prefere não se apressar e evita declarações sobre sua reeleição para não prejudicar o andamento do processo pré-eleitoral. Está mais dedicada à sua gestão. 


 

No entanto, em recente entrevista ao T1, o secretário de Governo, Carlos Braga, sustentou que a gestão da prefeita, por si só, oferece plenas condições à prefeita de disputar a reeleição. “Estamos fazendo nossas sondagens”, resume. Braga disse, no dia 19 do mês passado, que na gestão da prefeita Cinthia Ribeiro não se acha qualquer traço de corrupção, o que, na sua visão, é um ponto positivo para o seu projeto de reeleição. 

 

O vice-governador Wanderlei Barbosa  não esconde de ninguém que o seu sonho é ser prefeito da Capital. Resta saber se vai contar com o apoio do Palácio Araguaia, uma vez que o governador Mauro Carlesse conta, na sua base aliada, com lideranças que têm pretensões também pela corrida eleitoral, o que vai exigir do chefe do Executivo estadual prudência neste período de pré-campanha, sem açodamento, para não oferecer riscos ao seu projeto político.


 

À reportagem do T1, Wanderlei Barbosa ratificou, na terça-feira, 3, que desde há algum tempo tem manifestado interesse em ser prefeito de Palmas. “É um projeto (político) que nós e estamos trabalhando para isso”, disse, utilizando o seguinte jargão: “tudo vai depender da vontade popular”. Ele acredita que as pesquisas vão dar o rumo ao seu projeto.


 

O vice-governador admite que está em pré-campanha eleitoral, obedecendo todas as regras que a legislação exige. Ele tem ocupado alguns espaços políticos dentro da estrutura do Governo e, vez em quando é destacado por Carlesse a representá-lo em alguns eventos e solenidades na Capital. Já assumiu, interinamente, por pouco tempo, o exercício de chefe do Executivo. 


 

No entanto, Wanderlei Barbosa vislumbra um cenário de competição sem, necessariamente, o apoio formal do Palácio Araguaia. Entende que sua postulação depende muito mais do poder de articulação e aglutinação de forças políticas à sua postulação, o que inclui, segundo ele, o governador Carlesse e os seus aliados.


 

“Tenho um bom relacionamento pessoal e institucional com o governador e toda  sua equipe de auxiliares”, lembra o vice-governador, que é irmão do presidente da Câmara de Vereadores de Palmas, Marilon Barbosa, considerado por ele como uma peça importante para o seu projeto político para 2020.


 

Para o vereador Tiago Andrino, as pesquisas indicam que 54% do eleitorado palmense votaria num candidato apoiado pelo ex-prefeito Amastha, em 2020.  “Temos muito orgulho do nosso legado. Deixamos a cidade, em vários setores, com altos patamares de excelência, como na saúde, por exemplo, onde conquistamos o primeiro lugar entre as capitais do Brasil, segundo os indicadores do SUS. 


 

Na educação não foi diferente, um dos melhores IDEBs (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) do país e, disparado, o melhor da região Norte”, discursa o parlamentar socialista.


 

O deputado federal Eli Borges (Solidariedade) já manifestou também interesse de entrar na concorrência pelo Paço Municipal, no entanto, está se resguardando para manifestar acerca de sua estratégia para pleitear a prefeitura de Palmas nem 2020. Seu propósito é buscar um entendimento com as lideranças que também têm interesse nesse intento.


 

 Eli chegou a ser convidado pelo governador Mauro Carlesse para assumir uma secretaria, no mês passado, mas não aceitou, levando em conta que sua postulação é para valer. Compondo a equipe do Governo Estadual, ele abriria vaga para o suplente Lázaro Botelho (PP).


 

Ainda sem partido, o ex-prefeito Raul Filho também cobiça voltar ao Paço Municipal, mas ainda não definiu por qual sigla. Comenta-se que ele poderia retornar ao PT para tentar a disputa da prefeitura. Após desentendimentos com a senadora Kátia Abreu (PDT) e seu grupo, Raul deixou o PSD, cujo presidente estadual é o senador Irajá, filho da senadora. Outro aspecto que pode atrapalhar sua postulação é incerteza dos eleitores quanto à sua elegibilidade. 


 

O PR do deputado federal Vicentinho Jr, que tem mandato até 2022 e não teria nada a perder, é outro nome citado no processo sucessório. A vantagem é que a eleição do republicano abriria vaga na Câmara Federal para o vereador Tiago Andrino, primeiro suplente da coligação “Renova Tocantins”. Não está descartado um acordo do PR com o ex-prefeito Amastha.


 

Eduardo Gomes surge como alternativa para aglutinar maior número de partidos


 

O nome do senador Eduardo Gomes (MDB) surge como uma alternativa no sentido de reunir o maior número de partidos para uma possível disputa pela prefeitura da Capital. No universo das especulações, Gomes teria condições de aglutinar as principais lideranças políticas de Palmas e do Estado em torno de um projeto político. Ele nutre uma certa simpatia à prefeita Cinthia Ribeiro e evita comentar sobre sucessão nesse momento. No entanto, faz política 24 horas por dia.   


 

A editora do T1 Notícias, jornalista Roberta Tum, no seu último editorial especula sobre o fator Eduardo Gomes nesse processo sucessório. “Uma candidatura difícil de se imaginar, até por que o senador tem pela frente sete anos de mandato. Mas é o que já corre nas rodas: Eduardo Gomes, um nome que pode agitar a sucessão de Cinthia Ribeiro”, escreveu.

 

Roberta Tum dá conta de que começa a circular em rodas bem restritas da política tocantinense que a vontade do senador em ser prefeito de Palmas caminha para encontrar a oportunidade da candidatura no ano que vai chegando.  “Eduardo Gomes, diga-se, já foi prefeito de Palmas uma vez. Em substituição à prefeita Nilmar Ruiz, quando era presidente da Câmara Municipal. Mas se daquela vez cumpriu tabela, desta pode ser diferente. E qual a lógica dessa teoria? É que o cenário da Capital, financeira e administrativamente é melhor do que o Estado, onde se diz que Gomes seria pré-candidato a governador na sucessão de Mauro Carlesse”, analisa a editora. 


 

O nome de Gomes, segundo a análise de Roberta Tum, poderia retirar da disputa o vice-governador Wanderlei Barbosa, que já conta com a prerrogativa de ser governador por nove meses no afastamento necessário de Mauro Carlesse (DEM), numa eventual disputa pelo Senado. Eduardo Gomes, que recebeu o apoio da prefeita de Palmas na reta final de sua eleição ao Senado, acabou de conseguir, há poucos dias, a liberação de recursos da ordem de R$ 5 milhões para a Capital. “O que ninguém pode negar é que Eduardo Gomes tem cacife para disputar a eleição que quiser; se vai descer do Olimpo e abrir mão do paraíso que dizem ser o Senado, já são outros quinhentos”, conclui a editora do T1. A sorte está lançada.

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