Senadora Kátia Abreu diz que deve decidir sobre mudança do PMDB até setembro

Senadora disse que já recebeu diversas propostas de outros partidos, mas que ainda não se decidiu. Ela deve aguardar o desenrolar de alguns processos que envolvem seu atual partido, PMDB

Há muita coisa para acontecer, diz Kátia Abreu
Descrição: Há muita coisa para acontecer, diz Kátia Abreu Crédito: Foto: Dida Sampaio

A senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) concedeu uma entrevista ao jornal Estado de S. Paulo na terça-feira, 22, na qual comenta sua atual situação dentro do PMDB. Kátia está sendo alvo de um processo de expulsão do partido, resultado de desentendimentos com a executiva estadual. “O PMDB não é um mau partido, são alguns membros que estão o destruindo”, ressalta.

 

Em relação a seu futuro no PMDB, Kátia diz que pretende esperar novos fatos na Justiça antes de decidir se deixa a legenda. Ela é potencial candidata ao governo do Tocantins e destaca que deve tomar uma decisão sobre seu destino partidário até setembro. “Estou fazendo uma análise para saber o que é melhor para o que pretendo e a composição no meu Estado, mas vou esperar um pouco, não tenho urgência para esta mudança. Aliás, todos que me consultam sobre mudar de partido eu recomendo esperar setembro” declara.

 

Caso saia do PMDB, Kátia diz que já analisa convites de vários partidos. Para a senadora, “o PMDB perdeu totalmente o fio da meada” e faz criticas ao que chamou de “comportamentos ditatoriais”.

 

“De repente, não pode ter menos de 270 votos na Câmara por causa das questões atuais. Então o compromisso do partido é com essas pessoas, não pode perder o voto de nenhuma. Está radicalizando, tendo comportamentos ditatoriais para defender um projeto, um governo, e não defender o País. Agora, querer me calar, impor votos, isso eu não aceito. Dizer na argumentação (do pedido de expulsão) que estou destruindo o partido é piada. Não tenho envolvimento em nenhuma operação de busca e apreensão, de cadeia, de tornozeleira. Não sou eu que está envergonhando o partido”, pontua.

 

Sobre o encaminhamento da comissão de ética do PMDB, Kátia é enfática ao defender que ainda não foi expulsa ou afastada do partido. “Eles pegaram o pedido do diretório do Tocantins e encaminharam. Agora, o processo de expulsão continua tramitando na comissão. Então não teve decisão nenhuma, zero”, explica, acrescentando em seguida que o pedido do diretório do Tocantins se deve a interesses de alguns membros.

 

“Vou me candidatar ao governo e estou incomodando. E eu bato em cima. É uma guerra local. O que acontece: eles não podem perder nenhum voto e, para isso, vão até as últimas consequências. Eles querem dar exemplo. Então é mais fácil punir a mim, que fiquei contra o impeachment. Além de ter aquela coisa que eu não gosto de falar, mas é por ser mulher, né?”, afirma Kátia Abreu.

 

 

Veja aqui a entrevista completa.

 

 

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