Senadora Kátia Abreu indica Maria da Penha ao Prêmio Nobel da Paz 2017

Senadora enviou a indicação nesta terça, por meio de carta ao Comitê Norueguês do Prêmio Nobel, que deverá anunciar os candidatos em fevereiro. A láurea será entregue em outubro, na Noruega

Caso da biofarmacêutica motivou a criação da Lei Maria da Penha
Descrição: Caso da biofarmacêutica motivou a criação da Lei Maria da Penha Crédito: Foto: Divulgação

A senadora Kátia Abreu indicou Maria da Penha Fernandes para receber o Prêmio Nobel da Paz 2017 devido à sua luta contra a violência doméstica no Brasil. A iniciativa visa a dar visibilidade mundial à causa que marcou a vida da cearense, hoje ícone do combate à violência no país e exemplo de superação e coragem.

 

Kátia Abreu enviou a indicação nesta terça-feira, 31, por meio de carta ao Comitê Norueguês do Prêmio Nobel, que deverá anunciar os candidatos em fevereiro. A láurea será entregue em outubro, na Noruega.

 

Senadores e deputados federais estão entre as personalidades legitimadas para fazer indicações ao Prêmio Nobel da Paz. Além de Kátia Abreu, outros parlamentares também aderiram à iniciativa em favor de Maria da Penha.

 

“Devido à coragem e à perseverança de Maria da Penha, hoje as mulheres brasileiras têm uma das legislações mais avançadas no mundo em relação a agressões cometidas dentro de seus próprios lares, pelos seus próprios companheiros. Devemos parabenizar e homenagear essa mulher que transformou a forma como lidamos e punimos a violência doméstica”, afirmou a senadora.

 

Maria da Penha

Os casos de agressão sofridos pela biofarmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes motivaram a criação da Lei Maria da Penha (11.340/2006). A cearense foi vítima de violência doméstica pelo seu marido durante 23 anos. Em 1983, ele tentou matá-la com uma arma de fogo, deixando-a paraplégica. Em seguida, voltou a atentar contra sua vida por eletrocussão.

 

A luta da nordestina por justiça a transformou em um ícone contra a violência doméstica. Devido à falta de legislação específica, seu marido só foi punido depois de 19 anos de julgamento e ficou apenas dois anos preso em regime fechado.

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