Em sessão realizada nesta terça-feira, 13, na Câmara Municipal de Palmas, alguns vereadores comentaram sobre os boatos de um movimento para conduzir o impeachment da chefe do executivo, Cinthia Ribeiro (PSDB), que estaria em pauta nos corredores da Casa nas últimas semanas e que também chegou a ser mencionado pelo ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PSB). Quem puxou o coro sobre o assunto foi o vereador Rogerio Freitas (MDB).
Freitas, escolhido pela prefeita como líder do governo municipal no parlamento, disse que o ex-prefeito está querendo pautar a Câmara com “burburinhos” de um possível pedido de impeachment contra Cinthia. “Não me resta dizer outra coisa que não chamá-lo de mentiroso”, afirmou o vereador na tribuna.
“Nunca ouvi isso da boca dos vereadores. A vossa excelência (referindo-se à presidente da Câmara, Janad Valcari (PODE), tem suas posições políticas, e respeito, mas nunca a ouvi falando sobre isso. Aquele senhor tentou ‘startar’ algo que é fruto do imaginário dele”, afirmou Rogério.
Em seguida, a vereadora Solange Duailibe também comentou sobre o assunto. “Não poderia deixar de repercutir as questões políticas que ouvimos nestes últimos dias”, iniciou. Solange afirmou que recentemente tem observado as denúncias contra a gestão, os protestos nas ruas e na porta da prefeitura, mas acredita que Cinthia vem fazendo um bom trabalho.
Pontuou, também, que Palmas não pode seguir em direção ao que ela chamou de “golpe”, o que ocorreu com a ex-presidente Dilma Rousseff. “Palmas estava caminhando para isso”, disse. E acrescentou: “não ouvi nenhum vereador falando em golpe ou tirar Cinthia do poder”.
Mauro Lacerda (PSB), que é do mesmo partido do ex-prefeito, não comentou de forma direta sobre o assunto, mas conferiu que Palmas vive um momento difícil por conta da pandemia e que, portanto, pautas como saúde e bem-estar da população devem ser priorizadas. “Meu papel é somar, estender minhas mãos ao executivo”, conferiu.
Lacerda mencionou, ainda, que não está na Câmara para ser fantoche, mas para trabalhar e colocar sua posição política. “Vamos esquecer sigla partidária. O momento de trabalhar e beneficiar a população”, disse.
O vereador Moisemar Marinho (PDT), que faz parte do grupo oposicionista a Cinthia, afirmou na tribuna que o líder do executivo se expressou de forma coerente, dizendo que não existe conspiração contra a gestão. “Realmente eu concordo. Este parlamento nunca cogitou essa possibilidade. Impeachment de onde? Se não tem nenhuma processo rolando nesta casa? Sempre prezei pela estabilidade, o povo está precisando disso”, pronunciou.
Contudo, Moisemar não deixou de mencionar que a fiscalização nas esferas do município precisa continuar.
Amastha
Em vídeo publicado em suas redes sociais na semana passada, Amastha negou apoio da bancada de vereadores do PSB a um possível processo de afastamento de Cinthia, porém, afirmou haver “um movimento muito forte na Câmara de Vereadores e na sociedade pelo impeachment da prefeita”.
“Quero mandar um recado para ela: os vereadores do PSB não participam de movimentos golpistas”, conferiu, e depois acrescentou: “vamos ficar de olho, se alguma das inúmeras denúncias de falcatrua levar o seu nome, aí tenha certeza que nós vamos entrar firme pedindo a cassação do seu mandato”.
Comentários (0)