Vicentinho Junior lança pré-candidatura e desafia Paço Municipal e Palácio Araguaia

Na entrevista, Vicentinho comenta rapidamente sobre as gestões do governador Mauro Carlesse (DEM) e da prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB).

Crédito: Divulgação

Depois de uma verdadeira via-sacra pelo o interior do Tocantins, nos dois primeiros meses do ano, fazendo seu proselitismo e se articulando com outros partidos políticos, principalmente nas maiores cidades, o deputado federal Vicentinho Júnior (PL) resolveu assumir sua pré-candidatura a prefeito de Palmas. E já foi logo avisando na entrevista que concedeu ao T1Notícias, nesta sexta- feira à tarde, 28, que a sua decisão é despida de qualquer “vaidade pessoal”.

 

Ele cita um rosário de motivos que o levaram a decidir pela pré-candidatura e entrar no jogo par valer. “Não é que Palmas não tenha bons pré-candidatos, mas achei que o momento é oportuno para eu participar mais diretamente das discussões sobre a cidade”, justificou, lembrando que faz parte de um grupo que reúne fortes lideranças e que dispõe de alguns pretendentes a disputar a Prefeitura.

 

Na entrevista, Vicentinho comenta rapidamente sobre as gestões do governador Mauro Carlesse (DEM) e da prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB). Na sua avaliação, a gestão da prefeita deixa a desejar e os recursos, no seu entendimento, são mal aplicados por ela. Sobre o governador, “ainda não disse a que veio, está perdido”. Ele acha que há certa inapetência administrativa do governo estadual e o classifica como pusilânime.

 

O pré-candidato do PL à Prefeitura da Capital sustenta que o seu grupo é uma alternativa para 2020 e 2022, pois apresenta pré-candidaturas o Palácio Araguaia e ao Paço Municipal. No entanto, ele ironiza que o governador ainda não acenou apoio às pretensões do seu vice Wanderlei Barbosa em ser pré-candidato. “Ele nem sabe se ainda quer e nem sabe por qual partido pode concorrer”, cutucou, revelando respeito e admiração pelo vice.

 

 

Avaliações

 

Sobre o senador Eduardo Gomes (MDB), líder do presidente Jair Bolsonaro no Congresso, reconheceu ser um bom articulista, carreador de recursos, mas acha que ele ainda não tem uma posição definida sobre quem apoiar, principalmente em Palmas. “Ele se relaciona bem com a prefeita Cinthia e com o Carlesse, e vai levando até as vésperas das convenções””, analisou. Vicentinho cogita a suposta desistência de Wanderlei a esse jogo do senador emedebista e não descarta de ele mesmo ser candidato ou indicar outro nome para ser apoiado.

 

Vicentinho Júnior afirma que sua maneira de fazer política não é a do “tapinha nas costas”, deixando implícito que a velha prática do clientelismo está caindo por terra. “Não sou de falar muito, sou mais de agir e entro nesse jogo para discutir Palmas; se me derem oportunidade, serei o melhor prefeito dessa cidade”, discursou já em tom de campanha. Disse que não vai entrar no campo das agressões para jogar o jogo da provocação. “Não interessa tratar adversários com xingamento; não entro nessa discussão do debate raso”, avisa.

 

 

Time em campo

 

O pré-candidato do PL, no entanto, faz algumas considerações para explicar por que está entrando no jogo. Não é porque é a bola da vez ou o dono da bola. Ele acha que é o momento de colocar o seu time em campo, sem desconsiderar os eventuais adversários e respeitando quem faz parte de sua equipe. 

 

Só que no campeonato eleitoral deste ano, existe uma disputa entre as equipes aliadas para definir quem vai representar o grupo na fase final da disputa. E nesse jogo preliminar tem também o time do vereador Tiago Andrino (PSB), Alan Barbiero (Podemos), vereador Milton Neris (sem partido), deputado Júnior Geo (PROS) e outros que estão preparando terreno como pré-candidatos para tentar assumir o comando técnico do Paço Municipal.

 

O parlamentar argumenta que a sua entrada no jogo da disputa interna do seu grupo político é uma oportunidade para discutir Palmas de uma forma mais democrática. “Afinal, são várias cabeças pensando o que pode ser melhor pode ser feito para a nossa cidade”, sustentou. Lembra que o seu grupo político, que ele denomina de terceira via, já vem trabalhando há algum tempo no sentido de formar uma agenda positiva, com o objetivo de se criar um projeto sócio, econômico e administrativo não com foco apenas nas eleições municipais, mas mirando 2022.

 

 

Terceira via

 

O pré-candidato, no entanto, ressalva que a sua postulação no momento não se trata de nenhuma pressão e não significa que é uma decisão irreversível. “Se lá na frente, às vésperas das convenções, percebermos que o nosso nome não tem viabilidade eleitoral, podemos refluir da postulação e vamos definir qual o dos pré-candidatos será o melhor para Palmas”, analisou.

 

No sua avaliação do processo sucessório 2020, o grupo político do qual faz parte, “é a terceira via tomando corpo”. “Começamos a discutir Palmas em cima de um grande projeto não apenas para essas eleições, mas para ser exequível ao longo dos próximos 20, 30 anos, para que as próximas gestões não precisem fazer improvisos e remendos em dispositivos legais”, explicou.

 

 

Recursos

 

Disse que foi o deputado federal que mais destinou recursos à Capital, por intermédio de emendas parlamentares, “conseguindo viabilizar maior recurso da história de Palmas, R$ 240 milhões de obras da CAF”.

 

Disse ainda que a saúde do Estado é um “total descaso” e questiona: “cadê os mais de R$ 200 milhões que a bancada tocantinense no Congresso Nacional destinou para o Estado nestes últimos anos para atender a saúde pública do Estado? Onde foi aplicado e quem está usufruindo desses recursos?”.

 

É com base nessa política que Vicentinho se predispôs a ser pré-candidato a prefeito de Palmas.

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