E o que a disputa lá em Minas tem a ver com a nossa política local, tocantinense? (Pode se perguntar o leitor nesta manhã de terça-feira, 17 de julho). Nada e tudo.
Abro este bate papo de hoje sobre os fatos políticos que afetam nossas vidas para fazer um registro importante: o contraponto positivo do exemplo, numa maré de confusões e notícias negativas envolvendo nomes conhecidos da política nacional e tocantinense.
É que a derrota jurídica lá em Belo Horizonte do estilo Kassab de intervir no PSD lança mais uma vez nos holofotes da política propositiva, a senadora tocantinense Kátia Abreu.
Voz distoante nos últimos 15 dias, Kátia chamou a atenção de Kassab em carta divulgada nacionalmente. Colocou a insatisfação na mesa e nos microfones das principais redações do País. Disse que não concorda e não aceita a posição que considera anti-democráticado presidente nacional da legenda da qual é vice-presidente e os seus por quês.
É uma atitude de quem tem peito para confrontar, na hora certa o que julga ser uma posição equivocada da maior liderança nacional de um partido que já nasceu combatido, pelo estrago que proporcionou às outras legendas de onde suas maiores expressões nacionais e regionais são oriundas.
Exemplo de firmeza
Pode ter quem não goste de seu estilo. Ou a considere altiva demais. Mas Kátia Abreu tem se mostrado, no campo das idéias e nas ações com que consolida sua prática política, uma mulher de coragem, que distoa da política usual do “lava mãos” para ficar bem com todos em qualquer situação.
Desde que foi eleita senadora lá atrás em 2006, não tem lhe faltado dois componentes importantes na vida pública de personalidades que fizeram história e gravaram seus nomes no cenário nacional: firmeza no debate e consistência no discurso que dá norte a uma prática política além da eleitoral.Os dois aliados a uma prática que não contradiz o discurso. Fundamental.
Em tempos bicudos, ela tem sabido alternar agressividade e prudência, ao enfrentar, analisar e se posicionar diante dos últimos fatos que têm marcado a agenda nacional.
Seja na proximidade com Dilma - aberta através do reposicionamento que fez da classe produtora que representa – que marcou o fim da adversaria voraz para passar à posição pró-ativa de solucionadora de problemas.
Seja na intolerância contra os crimes do colarinho branco (como o momento de enfrentamento de Cachoeira na CPMI). Seja no “pegar leve”com um Raul já bastante açodado naquele depoimento transmitido em rede nacional.
Diz um velho provérbio popular que é na mais profunda escuridão que a estrela brilha. Arriscando um palpite, Kátia Abreu é na constelação tocantinense a luz que desponta marcada pela coerência. Um produto que anda em falta numa estabelecida confusão de legendas e mistura de falidas posições ideológicas.
O Tocantins por hora só tem motivos para se orgulhar dela.
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