Proposta do governo não contempla técnicos e greve nos institutos federais deve continuar

O Governo Federal apresentou na sexta-feira,13, uma proposta de reajuste dos salários dos professores da universidades federais e dos institutos federais de educação. A proposta prevê até 45% de reajuste aos profissionais que estão no topo da carreir...

A proposta de reajuste salarial feita pelo Governo Federal não agradou a maioria dos professores das universidades e institutos federais de educação e o movimento grevista deve ter continuidade.

De acordo com Igor Fernando Lira, do comando de greve do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Tocantins (IFTO), “a proposta do governo beneficia apenas cerca de 7% dos professores, aqueles que já estão no topo da carreira. Os técnicos não foram beneficiados”, argumentou.

Igor afirmou ainda que a partir desta terça-feira, 17, os técnicos administrativos vão continuar acampados na reitoria do IFTO e deverão fazer uma assembleia na quarta-feira, 18, para decidir os rumos do movimento.

Sem proposta para categoria

David Ferreira da Silva, do comando de greve dos técnicos administrativos da Universidade Federal do Tocantins (UFT) afirmou que até agora o governo não fez nenhuma proposta para a categoria. “O governo apresentou proposta aos professores e nós, técnicos não fomos contemplados”, argumentou.

De acordo com o líder sindical, os técnicos desempenham papel fundamental dentro das universidades. “Um ensino de qualidade precisa, além de professores, de um corpo técnico qualificado e motivado. Entre os técnicos existem servidores com pós-graduação e mestrados em suas áreas de atuação e o governo sequer apresentou proposta para nós”, reclamou David.

 

Proposta aos professores

Para os professores titulares com dedicação exclusiva, topo da carreira, os ganhos chegarão a R$ 17,1 mil em três anos. Segundo o Ministério do Planejamento Planejamento, esse valor representa um aumento de 45,1% em relação aos salários de fevereiro, que eram de R$ 11,8 mil. No entanto, se considerados os 4% já concedidos retroativos a março, percentual de reajuste da proposta seria de cerca de 40%.

Os salários dos professores já ingressados na universidade, com título de doutor e dedicação exclusiva, passarão de R$ 7,3 mil para R$ 10 mil no período de três anos. O governo também prevê um novo processo de certificação para os professores dos institutos federais. (Antonio da Luz)

 

 

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