Campanha Julho Verde alerta para prevenção do câncer de cabeça e pescoço

Tumores de cabeça e pescoço são a forma genérica de denominar cânceres que se desenvolvem na boca, língua, gengivas, bochechas, entre outros

Regiões da face e garganta que podem ser atingidas com tumor
Descrição: Regiões da face e garganta que podem ser atingidas com tumor Crédito: Ilustração/Web

Aderindo à ideia dos meses temáticos de conscientização, institutos e associações em todo o País resolveram dedicar o mês de julho a divulgar informações e promover atividades que auxiliem na prevenção e no combate ao câncer de cabeça e pescoço, já que 27 de julho é o Dia Mundial de Conscientização e Combate a essa enfermidade.

 

A Unimed Palmas aderiu à campanha e os médicos Juliano Borges, Daniel Hiramatsu e Baraúna Neto, cirurgiões de cabeça e pescoço da cooperativa, falaram sobre fatores de risco, diagnóstico, prevenção e tratamento da doença, que possui diversas facetas.

 

Tumores de cabeça e pescoço são a forma genérica com que se denominam os cânceres que se desenvolvem em áreas como boca, língua, palato mole e duro, gengivas, bochechas, amígdalas, faringe, laringe, esôfago, tireoide e seios paranasais. São tipos de câncer sobre os quais ainda pouco se fala, apesar de o Instituto Nacional de Câncer (Inca) ter alertado sobre o registro de cerca de 40 mil novos casos da doença a cada ano.

 

Pensando nisso, a Unimed Palmas reuniu seus três cirurgiões especializados nessa área para oferecerem informações de conscientização a respeito dos tumores malignos de cabeça e pescoço.

 

Fatores de risco

 

Segundo o doutor Juliano Borges, assim como em outros tipos de câncer, o consumo frequente de álcool e o alcoolismo são fatores que aumentam o risco de aparecimento de lesões de cabeça e pescoço que podem se tornar tumores. E o tabagismo, diz ele, é o principal fator isolado causador desse tipo de câncer. Além disso, continua o médico, o HPV, vírus transmitido principalmente por relações sexuais, e o vírus Epstein-Bar – um pouco mais raro – também podem causar lesões associadas ao aparecimento do câncer nessas regiões.

 

Juliano relata que outro fator pouco conhecido é consumo de bebidas ou comidas muito quentes, que, por agredir as células da mucosa, torna-se um fator de risco secundário. “O consumo diário e prolongado de bebidas tradicionalmente servidas em temperaturas altas - como o chimarrão, por exemplo - aumentam o risco de câncer de boca, assim como do câncer de esôfago”, explicou.

 

Prevenção e diagnóstico

 

Para prevenir o surgimento de tumores nas regiões de cabeça e pescoço, o doutor Daniel Hiramatsu recomendou que se evite o consumo de qualquer tipo de cigarro, cachimbo ou fumo de mascar e a ingestão de bebidas alcoólicas em excesso; indicou o exercício regular de atividades esportivas, a proteção da pele dos raios solares, principalmente nos horários de maior incidência, além de bons cuidados e higiene bucal e a manutenção de uma dieta balanceada, à base de vegetais e rica em proteínas e minerais.

 

Mas, no caso de o diagnóstico ter sido inevitável, alguns sintomas servem de alerta. O médico relatou que podem aparecer manchas brancas na boca, nódulos ou lesões indolores; o paciente pode sentir também dor local, mudança na voz e rouquidão, dificuldade para engolir, e, até mesmo, ter lesões com sangramento ou cicatrização demorada, dolorosas e acompanhadas de nódulos cervicais. “O diagnóstico precoce é a medida mais eficiente para ter uma chance de cura. Por isso, se houver qualquer lesão suspeita, o especialista deve ser consultado com brevidade”, advertiu Daniel.

 

Tratamento

 

Em relação ao tratamento dos tumores de cabeça e pescoço, o cirurgião Baraúna Neto relatou que existem modalidades terapêuticas em estudo, ainda sem comprovação científica, mas que comumente o tratamento é realizado por uma combinação. “Os tratamentos eficazes, para maioria dos casos, são compostos pelo tripé cirurgia, quimioterapia e radioterapia”, contou. 

 

Nesse ponto, Dr. Juliano ainda acrescentou que “é importante que todas as opções de tratamento sejam discutidas com o médico, bem como seus possíveis efeitos colaterais, para que especialista e paciente tomem a melhor decisão”. Fatores como estado geral de saúde e idade do paciente, estágio da doença, localização exata do tumor e considerações pessoais podem ser decisivos na escolha do tipo de tratamento.

 

Os três médicos concordam que a consciência para prevenção e o tratamento adequado são os melhores combatentes do câncer de cabeça e pescoço.

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