Darci Coelho entra em cena pró Raul e começa, pelo PPS, a desmontar Frente

Enquanto Eduardo Gomes fortalece nome de Wanderlei para a prefeitura de Palmas, Darci Coelho trabalha para levar da Frente em direção a Raul, o PPS, entre outros como PSC e o Democratas

Darci Coelho busca fortalecer pleito de Raul
Descrição: Darci Coelho busca fortalecer pleito de Raul Crédito: Foto: T1 Notícias

Uma movimentação forte em torno do nome do ex-prefeito Raul Filho(PR) à prefeitura de Palmas já se faz notar nos bastidores nos últimos dias.

 

O primeiro lance foi a aproximação dos senadores Kátia Abreu e Vicentinho Alves, ela ainda no PMDB e ele no PR. Cada um, tem um filho deputado federal. Experiente, Irajá Abreu, já no segundo mandato, conseguiu arrastar recursos de emendas com toda força, aproveitando o período da mãe no Ministério, e dele na presidência da Comissão de Agricultura na  Câmara dos Deputados. Juntos, os quatro: os dois senadores e os dois deputados federais, representam, por ano, algo em torno de R$ 160 milhões em recursos para o Tocantins.

 

O poder de trabalho junto aos prefeitos gerado por este dinheiro constrói um grupo forte com ramificações nos maiores municípios do Estado. E com reflexo inegável na construção de um grupo para 2018. Kátia Abreu leva consigo o PT, exigência da presidente afastada, Dilma Rousseff e do presidente nacional da legenda dita a Donizete Nogueira, frente a frente em Brasília. É o mínimo de retribuição que a cúpula espera do partido no estado, à lealdade de Kátia no momento de maior fragilidade do partido, no cenário nacional.

 

Vicentinho, pai, por sua vez, tem dificuldades em voltar atrás no acordo firmado com Michel Temer e garantir voto para Dilma contra o Impeachment no Senado. Esta decisão pacificaria o PT de volta com Raul. Quem tem memória política se lembra do racha entre Raul e Donizeti,e suas consequências lá atrás, quando se cogitou até a candidatura de Solange ao Senado, ao invés de Paulo Mourão.

 

Pano rápido…

 

Se Raul terá ou não o apoio dos Abreu nessa eleição é assunto para a semana que vem. As definições de bastidores avançam rápido…

 

O fato é que outro movimento curioso, e esse político, começou a acontecer nos últimos dias.

 

A segunda Frente a buscar coesão em torno de um nome para lançar pelas oposições em torno de Amastha, enfrenta dificuldades internas e externas.

 

As internas: muito nome, muito candidato.

 

Lá, o PRB defende Fabiano do Vale, o PSDC defende Pastor João Campos, o PDT tem Luana Ribeiro, o SD tem Wanderlei Barbosa e o PPS… tinha Tom Lyra.

 

Este, desgastado por ter vendido a aura de uma candidatura própria estruturada demonstrou que tinha um belo discurso, e um bom currículo, mas não reunia as condições para ser sequer registrado. Nem domicílio em Palmas, nem condições financeiras de bancar sua pré-campanha.

 

Corre na praça que, com seus negócios em dificuldades, o empresário tentou emplacar um apoio do PPS a Carlos Amastha em troca de uma secretaria. O projeto foi barrado pela cúpula do partido (leia-se Eduardo do Dertins e pré-candidatos a vereador) e Tom, sem o espaço almejado, foi se refugiar no PSD de Irajá Abreu…

 

Sigamos…

 

O fato é que Darci Coelho, que já foi secretário de governo, e caminha muito próximo de Raul Filho, entrou em campo para começar a buscar partidos que fortaleçam o pleito de Raul.

 

Próximo de Dertins, foi buscar de cara o PPS, onde parecer ter encontrado acolhida. A conferir nos próximos dias.

 

O PPS -  que não tem candidato a majoritária para 2018 -  só precisa acertar as melhores condições possíveis para eleger vereadores. Isso por que o projeto de Dertins é ser deputado federal. Nada que incomode ninguém.

 

Mas na esteira do PPS, Raul caminha para abocanhar mais.

 

É o caso do Pastor João Campos, do PSC, que lançou o nome para prefeito, mas quer ser vice. Já buscou essa garantia na Frente que escolheu Cláudia Lélis, mas sem sucesso. Agora articula abertamente para ser vice de Raul Filho. Se conseguir, desembarca com os votos dos  segmentos evangélicos que representa na chapa do ex-prefeito.

 

Por tudo isso não é de se estranhar o movimento de fortalecimento que fez nessa quarta-feira, o ex-deputado federal, Eduardo Gomes, no sentido de deixar claro que Wanderlei Barbosa tem o respaldo da legenda para ser candidato a prefeito.

 

Com o Solidariedade, se Barbosa figurar melhor que Luana Ribeiro, pode caminhar o PDT. A deputada o entanto guardou recall da última eleição municipal e figura fácil em qualquer pesquisa com 6%.

 

Fica restando na Frente, o Democratas, em que Marcão Poggio já bateu de frente com Fernando Rezende. Não é difícil ouvir o empresário afirmar para quem quiser ouvir que se Marcão trabalhar bem poderá seu um excelente candidato… a vereador. E claro, sobra o PRB, de Fabiano do Vale. Este que afirma ter a garantia da legenda, mas também procura caminho de viabilizar um projeto que está longe de construir sozinho.

 

Do jeito que vai, julho termina com uma convergência em torno de Raul, e um racha na Frente Popular. 

 

Do ex-prefeito, possíveis aliados têm cobrado uma data limite para definição da sua situação jurídica. A liminar obtida por Raul não invalida sua condenação naquele crime ambiental. Apenas reconhece que o juiz determinou dois tipos de pena: a pecuniária e a de prestação de serviços.

 

A dúvida é: até quando ela se sustenta? Conseguirão os aliados de Raul outra decisão favorável em Brasília que assegure sua presença até o final do pleito? Promessas existem muitas.

 

A confirmar…

 

(Atualizada às 18h16 do dia 20/07/2016)

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