Frente Popular discute pesquisa hoje, mas já se dissolve nos projetos pessoais

Partidos começam a debandar da Frente Popular antes mesmo de ler a pesquisa qualitativa que vai ajudar na escolha do nome. Se vinga, e com quem vai depender dos projetos pessoais de cada líder...

Frente Popular reúne pré-candidatos
Descrição: Frente Popular reúne pré-candidatos Crédito: Foto: Divulgação

A Frente Popular fez distribuir semana passada uma foto, reafirmando que estava unida e coesa em torno de um nome. De quem? Aquele que a pesquisa qualitativa demonstrar na data desta quinta-feira, 28, ser o mais competitivo.

 

Há bons motivos nos últimos dias para se duvidar de que o grupo de partidos se mantenha coeso. O motivo é simples: cada um de seus protagonistas tem projeto próprio. Aquela coisa: “se for meu nome bem, se não for, vou apoiar”… e lá vem um nome de outro grupo político.

 

O primeiro a saltar do barco foi justamente o Democratas, com foto e anúncio de apoio oficial a Raul Filho - que ainda não convenceu os aliados da garantia jurídica de sua postulação - apostando numa suposta indicação de Marcão Poggio para vice. Outra coisa difícil de acreditar, quando o presidente de seu partido, já deixou claro que o considera um bom candidato… a vereador.

 

A vice de Raul Filho, que já foi oferecida ao PSD de Irajá Abreu em conversas de bastidores, é pleiteada também pelo Pastor João Campos, do PSC. 

 

Segundo partido da Frente a dar sinais de que está fora do barco antes mesmo do resultado da quali que será discutida na tarde desta quinta é justamente o PPS de Eduardo do Dertins, que se aproximou mais do PV nos últimos, distanciando-se de Raul Filho. A conferir nos próximos dias para onde a balança pende.

 

Com vontade de postular estão, de verdade: Fabiano do Vale, Wanderlei Barbosa e Luana Ribeiro. Quando a quali mostrar qual dos três veste melhor o perfil do prefeito que Palmas deseja para esta eleição restará saber: quem fica? E quem paga a conta?

 

Estas são as questões em jogo. 

 

Se viabilizar uma candidatura, por insistência ou teimosia, mesmo sem reunir as condições políticas e financeiras para uma campanha do porte que Palmas requer, a Frente Popular pode numa metáfora forte, tornar-se um leão parindo um rato.

 

Isso por que começou grande, com muita promessa e pode terminar esvaziada.

 

De toda maneira, temos hoje três pré-candidaturas consideráveis colocadas: o prefeito Carlos Amastha, que tem mais em intenção de votos do que qualquer um dos seus opositores (e disparou a mostrar obras); o ex-prefeito Raul Filho, que por hora ganha por gravidade as intenções dos anti-Amastha e a vice-governadora Cláudia Lelis, com seu discurso de criar uma gestão com foco maior no social.

 

Além destes temos a candidatura simbólica de José Roberto, que manobrou a aprovação do pleito próprio do PT e corre o risco de não fazer legenda para eleger sequer um vereador, e a postulação kamikaze do ex-deputado, e vice que nunca assumiu, Sargento Aragão.

 

A se desenhar assim, esta eleição em Palmas será a mais disputada, correndo o risco de ser aquela que o vencedor ou vencedora chegue ao dia primeiro de janeiro ostentando a faixa com o menor percentual de votos da história da capital.

 

Quem viver, verá.

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