Eduardo Siqueira é citado em ação do MPE e promotor recomenda bloqueio de bens

O Ministério Público Estadual denunciou o deputado Eduardo Siqueira por improbidade administrativa nas irregularidades das aplicações do Igeprev. Eduardo diz que não tinha conhecimento das aplicações

Deputado Eduardo Siqueira Campos
Descrição: Deputado Eduardo Siqueira Campos Crédito: Divulgação

O deputado Eduardo Siqueira Campos (PTB) teve seu nome incluído na ação do Ministério Público Estadual (MPE) que orienta a condenação de ex-gestores do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Tocantins (Igeprev). Com Eduardo, são cinco os denunciados por suspeita de irregularidades nas aplicações do Instituto em fundos de pensão.

 

Também são citados nas ações os ex-presidentes do Igeprev Gustavo Furtado,  Rogério Villas Boas e Lúcio Mascarenhas Martins, além de Edson Santana de Matos, ex-superintendente de Gestão Administrativa do Instituto. Ainda fazem parte nas ações os fundos que receberam as aplicações irregulares, além de suas empresas gestoras e administradoras, totalizando 20 pessoas jurídicas como réus.

 

De acordo com a nova ação do MPE Eduardo não teve seu nome incluído nas primeiras porque não era o responsável direto pela aplicação nos fundos, porém o promotor entende que não é possível deixa-lo de fora já que a indicação dos quatro gestores se deu pelo deputado.

 

Neste sentido o promotor responsável pelo caso, Adriano Neves, entende que Eduardo Siqueira deve ser responsabilizado por improbidade administrativa e pede que os bens do deputado sejam bloqueados no valor dos danos aos cofres públicos.

 

Segundo o MPE o problema financeiro do Igeprev teve início quando o órgão passou a aplicar dinheiro em fundos privados em 2012, quando Eduardo Siqueira era presidente do conselho de administração e Edson Santana teria resgatado o dinheiro de bancos para aplicar em fundos privados sem observar as recomendações do Banco Central.

 

Em nota o deputado informou que ainda não foi notificado sobre a ação e esclareceu que “não autorizou, não foi consultado, previamente ou posteriormente, e nem jamais teve conhecimento sobre os critérios para a escolha de qualquer aplicação do Igeprev” e disse ainda que “nenhum integrante do Conselho de Administração recebeu qualquer consulta acerca de tais investimentos”.

 

Segundo Eduardo os procedimentos “só poderiam ser feitos pelo diretor de investimento do órgão”, que é quem tem a “habilitação específica para atuação no mercado financeiro”.

 

Leia mais:

MPE propõe ações contra ex-presidentes do Igeprev e pede bloqueio de R$ 263 mi

 

(Matéria atualizada às 12h53)

 

Comentários (0)