Placa que homenageava vereadora Marielle Franco em Palmas é derrubada

A placa foi colocada as margens da NS 15 por movimentos sociais, que batizaram de maneira simbólica a avenida com o nome da vereadora assassinada em 14 de março de 2018.

Crédito: Da web

Uma placa que homenageva a vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco, e que ficava em frente ao Campus da Univerisade Federal do Tocantins (UFT) em Palmas, amanheceu pichada e jogada no chão nesta segunda-feira, 25. 

 

A placa foi colocada as margens da NS 15 por movimentos sociais, que batizaram de maneira simbólica a avenida com o nome da vereadora assassinada em 14 de março de 2018. O ato cobrava a resolução do caso. 

 

De acordo com Eutalia Barbosa, representante da Marcha Mundial das Mulheres, o ato foi recebido com surpresa pelas movimentos sociais, pois embora isso já tenha acontecido com outras placas, como no Rio de Janeiro, não se esperava que o mesmo acontecesse em Palmas. "Na verdade esse ato não é só uma pichação ou vandalismo, mas uma manifestação de ódio. Mas nós não vamos nos calar, nem nos intimidar por conta de um ato covarde, de quem não tem coragem de se manifestar [publicamente] de maneira contrária a luta pelos direitos humanos".

 

Em conversa com o T1, o advogado e militante do Coletivo Enegrecer, Cristian Ribas, repudiou o ato e levantou uma reflexão sobre o caso. "A sociedade de Palmas precisa repudiar esse tipo de agressão e refletir porque uma homenagem a uma pessoa que foi assassinada por milicianos incomoda tanto?". Segundo Cristian um novo ato já está sendo organizado para reerguer a placa nos próximos dias. 

 

Marielle Franco

 

A vereadora do Rio de Janeiro foi morta no cruzamento das ruas Joaquim Palhares, Estácio de Sá e João Paulo I, pouco mais de um quilômetro distante da casa de sua casa. Um carro emparelhou com o chevrolet Agile da vereadora e vários tiros foram disparados contra o banco de trás, justamente onde ela estava. Treze disparos atingiram o carro. Além da vereadora, o motorista Anderson Gomes também morreu no local.

 

No dia 12 deste mês, Ronie Lessa, policial militar reformado, e Elcio Vieira de Queiroz, que foi expulso da Polícia Militar, foram presos suspeitos de terem executado Marielle e Anderson.

 

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