A prefeita Cinthia Ribeiro começa esta semana em melhor que a última. Limpou da pauta as pendências carnavalescas e vai usar o mês de março para preparar a pauta política das eleições deste ano.
Na queda de braço com o ex-senador Ataídes Oliveira, levou a melhor, como já se ouvia que seria nos batidores.
De um grande liderança do PSDB, ouvi que o senador foi inábil. “Lá atrás quando ele achou ruim que ela como vice do Amastha, se posicionasse a favor dele numa eleição suplementar, ele errou. Deveria ter esperado, até por que ela não tinha outra coisa a fazer”.
Daquele episódio até os dias atuais o estresse a tensão entre Ataídes e Cinthia só aumentou. O senador tem a personalidade forte. Não quis retirar o processo que movia contra ela no partido, e acabou substituído na reta final da campanha, pelo senador Eduardo Gomes, então candidato ao Senado.
Política vai se fazendo de gesto em gesto, e a história da briga pelo comando do PSDB está escrita.
Para o partido, que tem a prefeita como virtual candidata a reeleição era impossível permitir o que Ataídes seguia fazendo, se lançando candidato, e ameaçando tomar a legenda da prefeita. Uma incoerência que foge à lógica da precedência, no caso, do direito de Cinthia disputar.
Judicialização: ameaça que não preocupa
A ameaça de judicialização por parte do ex-senador, embora possa trazer algum desconforto à base da prefeita, não chega a tirar o sono.
E os motivos são simples: até aqui, ninguém conseguiu nos tribunais, mudar decisão partidária no Tocantins.
O caso mais clássico foi no antigo PMDB, hoje MDB. Sob o comando do então deputado Junior Coimbra, o partido foi entregue à Marcelo Miranda que era quem pontuava melhor nas pesquisas de intenção de votos. Valeu mais a pressão e o prestígio de Kátia Abreu para garantir a intervenção feita por Michel Temer, do que o questionamento jurídico.
Normalmente o Judiciário não interfere em questões interna corporis. Seja do legislativo, seja da organização partidária.
Por este motivo, a prefeita de Palmas parte agora para compor os grupos de candidatos a vereadores nos partidos com os quais sabe que pode contar na sua base. O mais tranquilo deles, sendo o Democratas da professora Dorinha.
Como me disse no off um tucano de alta plumagem: “num cenário desses, em que ela lidera, e a tendência é que os demais candidatos pulverizem os votos, sem um grande adversário à altura, Cinthia sai na frente nesta disputa. O PSDB não tinha como ignorar isto”.
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