Uma semana curta, mas com muitas emoções…

A semana começa com uma segunda em que a quinta já tem previsão de pauta do processo que questiona a legitimidade do mandato de governador e vice de Marcelo Miranda no TSE

Ministra Luciana Lóssio
Descrição: Ministra Luciana Lóssio Crédito: Foto: Divulgação

A semana de carnaval, que começa hoje e só termina com a quarta-feira de Cinzas poderia ser daquelas mortas na Assembleia Legislativa, governo do Estado e Câmara Municipal, mas não.

 

Não é isso que se antevê numa segunda em que a quinta já tem previsão de pauta do processo que questiona a legitimidade do mandato de governador e vice de Marcelo Miranda no TSE.

 

Até ontem ainda não estava incluindo na pauta o processo relatado pela ministra Luciana Lóssio, que indicou sua inclusão entre os que poderão ser votados nesta quinta-feira, 23, em Brasília.

 

Melhor seria para acabar com a dúvida e devolver a normalidade ao dia a dia político e administrativo do Estado, que fosse votado logo, mas essa não é a tradição do TSE, onde pedidos de vista retiram processos de pauta, e o que pode ser rápido, chega a se arrastar por meses.

 

A tese da defesa, corroborada por alguns advogados em artigos já expostos, é de que as provas colhidas contra Marcelo Miranda não se sustentam no caso do avião. E sem provas válidas não pode haver condenação.

 

Já outra vertente defende que o conteúdo de conversas, e toda a associação encontrada entre o piloto, a aeronave e pessoas ligadas ao governador e sua campanha, não deixam dúvidas de que o meio milhão apreendido viriam mesmo abastecer sua campanha em 2014.

 

A se esperar as cenas do próximo capítulo dessa novela, que mexe com os nervos da classe política do Tocantins, embora boa parte da população nem acompanhe, nem se interesse pelo assunto.

 

Câmara precisa votar Orçamento

A outra agitação que se anuncia é na Câmara Municipal de Palmas, onde os vereadores da capital devem votar o Orçamento 2017. Sem ele não se faz nada na gestão da Capital. A Câmara como se sabe, tem sido, não raro, um circo, um teatro onde muitas performances parecem mais jogo de cena para a plateia, enquanto nos bastidores é que a discussão é mais séria.

 

Mas há esperança de maior seriedade nas discussões. O perfil da nova legislatura é bom, e avançou sobre as demais. O nível do debate tem tudo para melhorar, fazendo com que a Casa se reconcilie com o eleitor mais crítico, que acompanha o dia a dia do parlamento pelos portais e redes sociais, mas que raramente vai a uma sessão.

 

Quem lota o plenário sempre está ali mobilizado por uma categoria ou por um ou mais vereadores, interessados em fazer pressão nos outros a favor de seus interesses e posições. O que é legítimo, mas cria uma caixa de ressonância distorcida da realidade.

 

Do Orçamento deste ano, a oposição, ainda no final do ano, conseguiu frustrar a expectativa da gestão em obter mais de R$ 100 milhões a mais em arrecadação. Valor que seria pago, especialmente, pelos mais abastados proprietários de grandes áreas na Capital.

 

A discussão segue em torno do Orçamento e da Planta de Valores, que o presidente José do Lago Folha Filho quer votar na mesma convocação, matando duas questões polêmicas ao mesmo tempo.

 

Na prática, testa quem está ou não alinhado com o que quer a gestão municipal.

 

Como se vê, semaninha curta. Mas de grandes emoções na política local.

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