Fora da chapa de Amastha, PT conversa com partidos para definir rumos

A busca do PT é por composição, pois no cenário após as suplementares o partido não teria condições de lançar candidatura própria.

Márcia Barbosa informa que PT conversa com partidos de centro-esquerda
Descrição: Márcia Barbosa informa que PT conversa com partidos de centro-esquerda Crédito: Divulgação

Após ficar de fora da chapa que tem como candidato a governador o ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PSB), por não aceitar compor com o PSDB de Ataídes Oliveira, o Partido dos Trabalhadores (PT) conversa com partidos de centro-esquerda para definir rumos. Nesta quinta-feira, 26, o presidente do PT, deputado Zé Roberto, pretende se reunir com Márlon Reis (Rede).

 

De acordo com  a vice-presidente do PT, Márcia Barbosa, o partido de fato ainda não decidiu que chapa compor, descarta a possibilidade de apoiar Amastha e acredita que a Direção Nacional não irá sinalizar composição com o PDT de Kátia Abreu. Isso porque o PDT Nacional já lançou Ciro Gomes à Presidência e o PT não abre mão da candidatura do ex-presidente Lula.

 

“Já estamos seguindo orientação da Nacional ao deixar de fazer nossa convenção no sábado e passando para o domingo, 5 de agosto”, garante Márcia ao reafirmar que orientação Nacional está sendo seguida no Tocantins.

 

O PT tem conversas encaminhadas com o PCdoB e com o PSOL. “Estamos ouvindo os partidos e depois vamos fazer análise”, diz.

 

A busca do PT é por composição, segundo a vice-presidente, pois no cenário após as suplementares o partido não teria condições de lançar candidatura própria. Nas negociações, o nome mais forte em busca de uma vaga ao Senado é do deputado estadual Paulo Mourão.

 

Ao T1, a vice-presidente ainda garantiu que o PT conversa com partidos afins e não faz política de poder pelo poder. “Temos as nossas pautas e elas têm que convergir”, afirma.

 

Sobre Amastha e Kátia

 

Nas eleições suplementares a Direção Estadual do PT no Tocantins esteve com Amastha e em desobediência à Nacional, adversária da senadora Kátia Abreu.

 

No atual cenário, o PT não aceitou compor com o PSDB de Ataídes. Segundo a vice-presidente, por divergências com a linha do partido. “Não é só ele [Ataídes] que tem um posicionamento claro, mas o partido em si. É complicado, não dá para os movimentos sociais, não dá para o Partido dos Trabalhadores”, assegura.

 

Sobre o partido da senadora, a vice-presidente garante que há afinidade com algumas lideranças. “Tem sintonia com a gente. Em alguns lugares, composições estaduais entre o PT e o PDT estão próximas”, diz. Entretanto, Márcia Barbosa não acredita que a Nacional oriente apoio no Tocantins ao PDT. “A probabilidade a nível nacional PDT com PT é zero. PDT já lançou Ciro e nós do PT já temos nosso candidato. Não abrimos mão do trabalho para eleger o nosso presidente Lula”, finaliza.

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