Médico suspeito de matar a ex é preso em GO; divisão de bens teria motivado crime

Ao T1 o delegado que investiga o caso afirmou que trabalha com duas linhas de investigação: “Ou ele matou ou mandou matar. Ele não queria dividir os bens com ela", explicou sobre a motivação do crime

Suspeito deverá prestar depoimento e será encaminhado para a CPPP
Descrição: Suspeito deverá prestar depoimento e será encaminhado para a CPPP Crédito: Facebook

O médico de Palmas, Álvaro Dias foi preso em Anápolis (GO) na tarde desta quinta-feira, 11, por ser o principal suspeito de matar a ex-mulher, a professora Danielle Christina Lustosa Grohs, no dia 18 de dezembro de 2017. Álvaro, que estava foragido desde a data do crime, está sendo recambiado para o Tocantins, onde deverá prestar depoimento e ser encaminhado em seguida à Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP). Em entrevista ao T1 Notícias na manhã desta sexta-feira, 12, o delegado titular da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), Pedro Ivo Costa Miranda, afirmou que não tem dúvidas quanto à participação do médico no homicídio da ex-mulher.

 

“Nós estamos trabalhando com duas correntes de investigação: ou ele matou ou mandou matar. Que ele é o responsável eu não tenho dúvidas. A Danielle era uma pessoa muito querida, não tinha desafetos e eles estavam brigando por conta da divisão de bens. Apesar de estarem separados há mais de um ano, ele não aceitava dividir os bens com ela”, detalhou o delegado.

 

O médico chegou a mandar mensagens para a mãe da vítima, afirmando que era inocente. Em declarações dadas à imprensa também alegou que não teria qualquer participação no crime, que estava com a consciência tranquila e que assim que retornasse de viagem se apresentaria à polícia, o que não aconteceu.

 

Ainda conforme o delegado que acompanha o caso, Álvaro já tinha mandado de prisão decretado contra ele. O médico estava em Salvador e tinha o retorno previsto para o dia 23 de dezembro, mas não embarcou de volta para Palmas. “O retorno dele seria dia 23 de dezembro. Ele estava em Salvador e foi até Brasília, em Brasília ele não usou o bilhete de embarque de volta para Palmas”, explicou Pedro Ivo.

 

O delegado acrescentou que assim que chegar ao Tocantins, Álvaro será interrogado e o mandado de prisão será cumprido. Ele deverá ficar preso em cela especial na CPPP por 30 dias, conforme o mandado da justiça.

 

Operação conjunta

 

A prisão foi realizada pela Polícia Civil do Tocantins, por intermédio da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), de Palmas, comandada pelo delegado Pedro Ivo Costa Miranda, em conjunto com as Polícias Civis de Goiás e São Paulo.

 

Entenda

 

A professora Danielle Christina foi encontrada morta na própria residência, na quadra 1004 Sul em Palmas, na noite do dia 18 de dezembro, e o principal suspeito pelo crime seria o médico, que já havia sido preso no sábado, 16, por supostamente agredir Danielle, e foi solto no dia seguinte.

 

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